Homem é detido após enviar remédio abortivo para amante
Polícia descobre tráfico de Cytotec após abordagem a motociclista.
A polícia de Goiás desmantelou um esquema de tráfico de medicamentos abortivos ao abordar um motociclista em uma operação de investigação. Segundo o delegado responsável, a ação teve início quando uma equipe da corporação parou um motociclista que transportava uma caixa de papelão.
Durante a revista, os agentes descobriram que a caixa continha quatro comprimidos de Cytotec, um medicamento considerado abortivo e restrito ao uso hospitalar.
O condutor, ao ser questionado pelos policiais, se apresentou como motorista de aplicativo e afirmou que estava levando a caixa para uma mulher desconhecida em Nerópolis.
Para corroborar sua versão, ele mostrou aos agentes o chamado do serviço e forneceu os dados do solicitante. A rapidez da abordagem e a troca de informações foram cruciais para o desenrolar da investigação.
Com as informações do motociclista em mãos, a equipe policial se deslocou até a casa da avó do autor, localizada no setor Colina Azul, em Aparecida de Goiânia. Lá, os agentes encontraram o suspeito, que, ao ser interrogado, confessou que havia adquirido os comprimidos abortivos para entregá-los a uma mulher que estava grávida dele.
O depoimento levantou novas questões sobre a cadeia de fornecimento e a possível existência de outros envolvidos na comercialização do medicamento. O suspeito, cuja identidade não foi divulgada, foi preso em flagrante. O delegado Adriano Jaime, em entrevista ao Mais Goiás, destacou que a investigação continua.
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O abortivo
A polícia busca agora identificar o responsável pela venda do Cytotec, uma vez que a comercialização de medicamentos abortivos sem supervisão médica é ilegal e representa um grave risco à saúde pública.
Além disso, o delegado enfatizou a importância de desarticular redes de tráfico que exploram a vulnerabilidade de pessoas em situações delicadas, como gravidez indesejada. “Nossa intenção é combater não apenas o tráfico, mas também informar a população sobre os riscos do uso inadequado de medicamentos”, afirmou Jaime.