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sexta-feira, 6 de dezembro de 2024
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Brasília

Barroso rebate pacote anti-STF: “não se mexe em instituições que funcionam”

Parlamentares do Congresso quer poder para suspender decisões do STF.

Postado em 10 de outubro de 2024 por Bruno Goulart
Barroso rebate pacote anti-STF: "não se mexe em instituições que funcionam"
Foto: Agência Brasil

O cenário político em Brasília está fervendo esta semana com a tramitação de um polêmico pacote “anti-STF” na Câmara dos Deputados. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Roberto Barroso, reagiu nesta quinta-feira (10/10), afirmando que a Corte “serviu bem” ao país e alertando que “não se mexe” em instituições que funcionam por “interesses políticos” e questões eleitorais.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (10), uma proposta que altera a consituição (PEC 28/24), concedendo ao Congresso Nacional o poder de suspender decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Leia mais: Congresso Nacional quer poder para derrubar decisões do STF

O texto passou com 38 votos a favor e 12 contrários, apesar da forte resistência de parlamentares aliados ao governo, que consideram a medida inconstitucional. Já a oposição se organiza para que o projeto avance rapidamente.

Agora, a PEC segue para uma comissão especial e, se aprovada, precisará passar por dois turnos de votação no Plenário da Câmara antes de seguir para o Senado.

Barroso condena pacote anti-STF

Diante da movimentação no Congresso, o ministro Barroso defendeu a importância da Constituição e do papel do STF. Para ele, as Constituições existem para que “os valores permanentes não sejam afetados pelas paixões de cada momento.”

Reconhecendo que o Supremo “é passível de erros”, Barroso afirmou que, mesmo assim, a Corte cumpriu seu papel ao longo dos 36 anos de vigência da Constituição de 1988. Ele ainda ressaltou que o Tribunal não busca unanimidade, já que “pensamento único é coisa de ditadura.”

A disputa entre Congresso e STF promete intensificar os debates, colocando em jogo o equilíbrio entre os poderes e a defesa da democracia.

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