Mulher é assassinada por golpe de seguro milionário
Os policiais descobriram que ela tinha dois seguros de vida, totalizando R$ 4 milhões
Com a de Luciene da Silva Gomes, os agentes ficaram desconfiados pelas circunstâncias em que seu corpo estava. A vítima estava localizada em uma área de mata sem vigilância ou estabelecimentos comerciais nas proximidades, com a identificação presa à gola de sua roupa. A medida, de acordo com a investigação, fazia parte do plano da quadrilha especializada em fraudes de seguro de vida. Eles pretendiam garantir que Luciene não acabasse enterrada como indigente, o que teria dificultado o saque do seguro.
Conforme detalhou a delegada responsável pelo caso, Luciana Fonseca, o contrato do seguro estava assinado por Hitler da Silva Ângelo apenas 20 dias antes do crime. Luciene foi encontrada morta em 21 fevereiro deste ano, no bairro de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Os policiais descobriram que ela tinha dois seguros de vida, totalizando R$ 4 milhões.
“Foi um golpe rápido. Eles pagaram apenas a primeira parcela de cada seguro e, logo depois, assassinaram ela. Ainda tentaram abrir um terceiro seguro, mas não conseguiram”, explicou a delegada.
Suspeito preso
Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) prenderam Hitler da Silva Ângelo na última quarta-feira, após meses de investigação. Encontraram o corpo da moradora de rua com ferimentos no pescoço e no tórax, causados por um objeto perfurocortante. O corpo estava encontrado na Rua Caminho da Liberdade, em Santa Cruz. A mulher, segundo a polícia, vivia em situação de rua.
O valor elevado dos seguros, com beneficiários que também eram moradores de rua e não tinham qualquer ligação familiar com Luciene, reforçou as suspeitas de fraude.
Hitler Ângelo já tinha antecedentes criminais. Em julho de 2023, ele acabou preso sob a acusação de liderar uma organização criminosa envolvida em estelionato e falsificação de empréstimos, que operava a partir de um shopping na Zona Norte do Rio de Janeiro.