Novo lockdown em Xangai, na China, para conter avanço da covid-19 gera caos ao ser prorrogado
População estava preparada para ficar isolada em casa até terça-feira da semana passada (5/4), mas governo chinês ampliou tempo de fechamento da cidade por perÃodo indeterminado
A população de Xangai, na costa central da China, estava preparada para encarar um lockdown que terminaria na terça-feira (5/4). Mas o governo decidiu prorrogar por tempo indeterminado a proibição para as pessoas saÃrem na rua, o que causou um caos na cidade, com corrida por alimentos e medicamento. A medida foi tomada para tentar conter o avanço de novos casos de covid-19 no paÃs asiático em um municÃpio que tem 26 milhões de habitantes.
De acordo com agências de notÃcias internacionais, parte da população não conta mais com comida suficiente armazenada em casa. E o governo quer que as pessoas não coloquem os pés na rua. Mesmo assim, o registro de novos casos de covid-19 segue alto em Xangai. Na sexta-feira (8/4), a cidade confirmou 26 mil infecções recentes por coronavÃrus por meio de testagem ampliada da população.
O jornal The Guardian, da Inglaterra, relata que chineses tem pedido ajuda pelo Weibo, uma rede social parecida com o Twitter. As postagens descrevem situação de falta de comida entre famÃlias de Xangai. O The Sun, dos Estados Unidos, noticiou que houve saques a supermercados em Xangai enquanto as ruas continuam vazias.
Uma medida que gerou muitas crÃticas da comunidade internacional foi a separação de integrantes das famÃlias em Xangai para evitar que houvesse uma transmissão da doença para mais pessoas. Se uma criança ou um adulto estivesse com covid-19, os parentes precisavam ficar em locais diferentes. De acordo com o francês Le Monde, a prática foi adotada até com recém-nascidos ou crianças muito novas.
Distribuição de comida
Depois das crÃticas, a medida foi deixada de lado. Kits de comida têm sido distribuÃdos aos moradores de Xangai para tentar amenizar a falta de comida para algumas famÃlias. Uma nova modalidade de mercado tem se dado por meio da troca de mercadorias entre vizinhos para que as pessoas consigam ficar mais tempo trancadas em casa.
O governo dos Estados Unidos orientou a população a repensar se vale a pena viajar para a China neste momento. A gestão Joe Biden questionou a “aplicação arbitrária de leis locais e de restrições anti-covid” em Xangai. O governo chinês respondeu ao demonstrar insatisfação com as declarações da Casa Branca. “Expressamos forte insatisfação e firme oposição à s acusações infundadas dos EUA em seu comunicado contra a polÃtica da China de prevenção da pandemia”, afirmou a China.