Na tarde desta terça- feira (10/5), a delegada Adriana Cardoso Belém, ex- titular da 16ª DP foi presa por jogo do bicho, uma rede de jogos de azar explorada pelo contraventor Rogério de Andrade e pelo PM Ronnie Lessa, considerado braço direito da policial.

A operação Calígula ocorreu na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro e foi encontrado em seu apartamento quase 2 milhões de reais em espécie. O dinheiro estava dentro do closet em sacolas de grife famosas e uma mala de viagem. A quantidade era tanta, que foi preciso levar máquinas para contar as cédulas. Adriana integra o grupo lotado na Diretoria de Pessoal da Polícia Civil, no cargo de assessora, porém, segundo a prefeitura, hoje ela será exonerada.

Os promotores de justiça, inicialmente acreditam que o valor encontrado em sua moradia remete-se a lavagem de dinheiro. Ela foi denunciada por corrupção em razão da liberação das máquinas de caça-níqueis. Em 2020, a delegada deixou seu posto na DP do Rio, após Jorge Luiz Camillo Alves, chefe do Setor de Investigações da delegacia, ser preso na operação Os Intocáveis II, por apoio aos milicianos que atuam na Zona Norte, além de ter sido flagrado por manter diálogos intensos com Ronnie Lessa, acusado pela morte da vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil, comentou: “Adriana está afastada de licença e há anos ela está afastada de cargos da Secretaria de Polícia Civil”. Em seu perfil nas redes sociais, Adriana Belém exibe fotos luxuosas, festas badaladas e registros com amigos famosos, como Adriano Imperador, Pedro Scooby, Dudu Nobre, Xande de Pilares, entre outros.

Em outros endereços, os policiais também encontraram R$ 48.251,20, 2.200 dólares, 4.420 pesos argentinos, 70 pesos uruguaios, além de R$ 3.800 reais em cheque, inúmeros documentos, pendrive, chips, noteiros, máquinas de cartão, 107 máquinas de caça-níquel, cópias de processos e componentes eletrônicos.