Exoneração de diretor da Comurg pode gerar crise entre Paço e Câmara
Alzírio Francisco Barbosa foi indicado para a diretoria de Limpeza Urbana pelo vereador Izídio Alves (MDB), que tem boa relação com os outros parlamentares da Casa
A exoneração Alzírio Francisco Barbosa da diretoria de Limpeza Urbana da Companhia de Urbanização do Município de Goiânia (Comurg) pode gerar uma crise entre a Prefeitura de Goiânia e a Câmara Municipal. Alzírio foi indicado para o cargo pelo vereador Izídio Alves (MDB), que tem boa relação com os outros parlamentares. Nas últimas semanas a secretária municipal de Relações Institucionais, Valéria Pettersen, já precisou ir até a Casa intermediar um conflito com o Paço após vetos de emendas impositivas.
Ao O Hoje, Izídio Alves contou que dialoga com a Prefeitura para contornar a exoneração e que “uma boa conversa é melhor que uma briga”. Questionado sobre as motivações para a retirada de Alzírio do cargo, o parlamentar preferiu não se posicionar e afirmou que vai esperar as consolidações das decisões.
“É preciso ter calma, inteligência, saber ouvir”, disse o parlamentar. “Nós vamos conversar ainda e eu espero que resolva da melhor maneira possível. Espero que ele [Alzírio] seja reconduzido, ele é um baita profissional com muitos anos de experiência prestando serviço para o povo. Pode ser um desentendimento de opiniões, mas tudo pode ser consertado”, afirmou.
Alzírio Francisco Barbosa afirmou que está aguardando as definições sobre o assunto, que devem ser tomadas nesta quinta-feira (26). “Por enquanto não tem nada definido. Estamos aguardando”, disse.
Prefeitura x Câmara
Após o veto de 97 emendas impositivas de 25 vereadores, a secretária municipal de Relações Institucionais, Valéria Pettersen, esteve na Câmara para contornar o conflito.
A presença de Valéria foi motivada por críticas feitas pela vereadora Luciula do Recanto (PSD) sobre vetos às suas emendas que destinavam recursos para a causa animal em Goiânia, inclusive com construção de hospital público veterinário. Na ocasião, as críticas receberam apoio da maioria dos vereadores.
À convite do líder do Paço, vereador Anselmo Pereira (MDB), Valéria defendeu que “veto é questão formal, técnica e legal. Muitos desses problemas podem ser causados por questões burocráticas. Este ano, por exemplo, o prefeito espera pagar todas as emendas, com a realização das obras solicitadas até o fim do ano”. Ela completou: “Em 2021, quase todas as emendas foram quitadas. Algumas foram vetadas por impedimentos jurídicos. Então, apenas cumprimos o que está na legislação. No caso da Saúde, não há como pagar emenda que prevê construção de obra”.
Na ocasião, Cabo Senna (Patriota), Anselmo Pereira (MDB), Joãozinho Guimarães (Solidariedade), Leandro Sena (PRTB) e Geverson Abel (Avante), entre outros parlamentares, contestaram a representante da Prefeitura a respeito do atendimento às suas emendas impositivas. Os vereadores poderão fazer as correções e enviar novamente a documentação para a prefeitura em até 30 dias.