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domingo, 22 de dezembro de 2024
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Audiência adiada

Júri do assassinato de Valério Luiz é adiado para 5 de dezembro

Um novo julgamento vai acontecer desde o início, escolhendo novos jurados e ouvindo novamente todas as testemunhas

Postado em 15 de junho de 2022 por Daniell Alves

Pela 4ª vez, foi adiado o júri do assassinato do radialista Valério Luiz, após um dos jurados passar mal. Agora, a audiência será somente no dia 5 de dezembro. De acordo com o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), o jurado também teria quebrado o isolamento, pois saiu do hotel onde estava isolado durante a madrugada. 

A audiência ocorreria durante essa semana, julgando Maurício Sampaio, juntamente com outros quatro réus. Na segunda-feira (13) foi realizada uma audiência, continuação da iniciada em 2 de maio. Naquele dia, a defesa de Maurício abandonou o plenário, alegando suposta suspeição do juiz e dos promotores que atuam no caso. 

Contudo, o que ocorreu na manhã de ontem (14), foi provocado pela dissolução do júri. Isso significa que o julgamento foi encerrado sem um resultado devido a algum problema, explica o TJ. O Tribunal ressalta que não há necessidade de segurança no hotel, já que qualquer tipo de ameaça ao jurado já invalidaria sua participação, que precisa ser isenta. Dessa forma, um novo julgamento vai acontecer desde o início, escolhendo novos jurados e ouvindo novamente todas as testemunhas. 

Provas suficientes 

Para o promotor Sebastião Marcos, o primeiro dia de julgamento já mostrou provas suficientes para a condenação dos réus. Segundo ele, o jurado teria passado mal por um problema alimentar e não poderia ser substituído. “Quando um jurado é sorteado, ele fica incomunicável. O jurado passou mal, teve um problema com alimentação e precisou de atendimento. O médico comprovou que ele não tem condições de continuar. Se o júri acontecesse após o jurado sair, todo o júri poderia ser anulado posteriormente”, explica. 

Defesa

Já a defesa de Maurício Sampaio, o advogado Luiz Carlos Silva Neto, afirma que as provas que o Ministério Público (MP-GO) foram refutadas pela defesa. “Os jurados pressentiram isso, ao nosso ver, de que não haveria condições de condenar os réus, especialmente o Maurício. Estamos muito convictos da absolvição por unanimidade no júri”, pontua Silva Neto.

O advogado Ricardo Naves, que atua como defesa dos acusados Urbano de Carvalho, Ademá Figueiredo e Djalma Gomes da Silva, diz confiar também na absolvição dos réus. “O cancelamento para a defesa é muito ruim, adia a angústia, adia a satisfação à sociedade, que vai ser a absolvição dos réus”, afirma. 

Emocionalmente difícil 

O filho da vítima, advogado Valério Luiz Filho, que é um dos assistentes de acusação do júri, lamenta mais um adiamento e afirma ser emocionalmente lidar com mais essa situação. “Emocionalmente é difícil ficar sabendo que foi suspenso por um júri que saiu do hotel”, diz. 

Ele faz uma crítica à demora para o julgamento do caso. “O processo penal brasileiro no que diz respeito aos crimes contra a vida é um procedimento longo. É uma situação irônica porque crimes que ofendem bens jurídicos menores chegam em um resultado mais rápido e aqueles que deveriam ter uma resposta pronta acabam se estendendo tanto e gerando esse desconforto social”, revela. 

1° dia do júri 

No primeiro dia, deram depoimento o delegado Hellyton Carvalho, que esteve à frente das investigações e remeteu o inquérito à Justiça; o publicitário Alípio Ferreira Nogueira, que trabalhou com Valério; o radialista André Isac da Silva, que também atuou com a vítima; e o advogado e cronista esportivo Daniel de Almeida Santana, diretor, à época, da rádio em que Valério trabalhava.

Em seu depoimento, Hellyton frisou que a única inimizade que Valério tinha era Maurício Sampaio, um dos acusados pelo assassinato. Já a defesa de Sampaio, citou que a prova que considerava mais importante, o celular do jornalista, não foi encontrada. Ao questionar o delegado onde o telefone estava, ele disse não saber. 

Alípio, a segunda testemunha, afirmou ter chegado ao local 1min30 após ouvir os disparos. De acordo com ele, encontrou um dos réus na cena do crime, Urbano de Carvalho Malta. Já André disse que, após críticas de Valério ao Atlético-GO – clube do qual Maurício era dirigente -, o radialista e Sampaio passaram a ter uma rixa recorrente. (Especial para O Hoje). 

EXPRESSA

Na matéria “Julgamento do assassinato de Valério Luiz deve durar cerca de três dias”, publicada na edição 5.692, do dia 14 de junho de 2022, o trecho que diz “o defensor público [da Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO)] abandou o plenário após a abertura da sessão “, foi devido ao comparecimento dos advogados de defesa do réu Maurício Sampaio. Sendo assim, o defensor público deixou o plenário, pois não seria mais necessária sua atuação, informa a DPE. 

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