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sábado, 23 de novembro de 2024
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Aliança

Apesar dos dissidentes, Mendanha fica com tempo e dinheiro dos Republicanos

Aqueles que optarem por apoiar Caiado não poderão receber doação de recursos do fundo eleitoral

Postado em 15 de junho de 2022 por Francisco Costa

A tarde de segunda-feira (13) foi marcada politicamente pelo apoio do Republicanos ao pré-candidato ao governo de Goiás, Gustavo Mendanha (Patriota). A aliança significa não somente outra sigla, mas mais tempo de propaganda eleitoral e fundo partidário para a coligação.

Mendanha já tinha no plantel, além do Patriota, Agir (antigo PTC), Mobiliza (PMN), Democracia Cristã (DC) e Mais Brasil 35 (PMB). Nem destes, exceção ao próprio Patriota trazia o tempo de rádio e TV para propaganda eleitoral destinado às legendas que atingiram a cláusula de barreira por deputados federais – esse tempo é equivalente a 90% do bolo, mas aos 10% que são divididos a todas as siglas que pedem, conforme explica o advogado eleitoral Bruno Pena.

As siglas que entram nos 90% do bolo e tem mais tempo são União Brasil (PSL e DEM), PT, PL, MDB, PDT, PP, PSB, PSD, PSDB, e, justamente, o Republicanos, angariado por Mendanha. 

Os tempos específicos, contudo, ainda não estão definidos. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já informou que a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV relativa ao primeiro turno irá ao ar de 26 de agosto a 29 de setembro. 

Serão 70 minutos diários para a propaganda eleitoral gratuita. Neste período, ocorrerão em inserções de 30 segundos e de 60 segundos. O TSE divulgará a tabela com o tempo de cada sigla até 12 de agosto.

Dissidentes

O deputado federal e pré-candidato ao Senado João Campos – que é presidente estadual do Republicanos – anunciou oficialmente o apoio da sigla ao pré-candidato ao governo, Gustavo Mendanha, na tarde de segunda-feira. A declaração ocorreu em encontro com integrantes de seis partidos e teve a presença do presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira. 

Apesar da “festa”, o Republicanos possui dissidentes que já declararam apoio ao governador Ronaldo Caiado (União Brasil), como os deputados estaduais Rafael Gouveia e Jeferson Rodrigues, e o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz. Na ocasião, Marcos corroborou o que o próprio João Campos já tinha dito ao Hoje, que os filiados têm liberdade para apoios ao governo, uma vez que o partido não tem pré-candidato ao Palácio das Esmeraldas. 

Em relação ao prefeito de Goiânia e outros, inclusive, ele afirmou que a questão de bom relacionamento com o governo estadual pesa.  “Há um acordo que aqueles que tiverem dificuldades por questões locais, devem obviamente seguir o seu caminho. Isso é natural que aconteça em um estado democrático”, afirmou.

Pré-candidatos dissidentes

Na prática, os pré-candidatos que apoiarem Caiado não impactam em relação a tempo de propaganda eleitoral e fundo. Isso, porque formalmente o partido está com Mendanha. 

“Com a chegada do Republicanos, na coligação, é o primeiro partido que engrossa o tempo de TV. Pela imprensa demonstra que o partido vem rachado, mas aqueles que apoiarem Caiado não poderão receber doação de recursos do fundo eleitoral por estarem em coligações diferentes”, explica o advogado Bruno Pena.

Liberdade de apoio ao governo, mas não no Senado

No Senado, João Campos será o candidato do Republicanos. Nesse ponto, mesmo os dissidentes que optarem por caminhar com Caiado ou outros nomes deverão apoiar o nome do partido. 

Atualmente, a possibilidade – que ainda depende de julgamento do plenário do TSE – de candidaturas isoladas ao Senado fez surgir diversos postulantes, a maioria dentro da base caiadista.

Com o governador, são pré-candidatos Lissauer Vieira (PSD), Alexandre Baldy (PP), Delegado Waldir (União Brasil), Zacharias Calil (União Brasil) e Luiz do Carmo (PSC). À esquerda, Manu Jacob (PSOL), Denise Carvalho (PCdoB) e Reinaldo Pantaleão (UP) – PCB também pode lançar nome. Há, ainda, Edigar Diniz (Novo) e Wilder Morais (PL), além do próprio João Campos pelo Republicanos.

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