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sábado, 23 de novembro de 2024
Possibilidade

Marina Silva diz o que precisa para apoiar Lula

A ex-ministra Marina Silva (Rede) pode apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para isso, ela – que declarou estar aberta ao diálogo apesar de divergências – detalhou em entrevista ao Metrópoles as exigências para considerar palanque ao petista. Durante a conversa com o site, ela abordou questões de políticas ambientais. […]

Postado em 17 de junho de 2022 por Francisco Costa

A ex-ministra Marina Silva (Rede) pode apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para isso, ela – que declarou estar aberta ao diálogo apesar de divergências – detalhou em entrevista ao Metrópoles as exigências para considerar palanque ao petista. Durante a conversa com o site, ela abordou questões de políticas ambientais.

“A sociedade brasileira foi capaz de produzir uma inteligência socioambiental muito grande. Dentro de um centro de pesquisa, nas universidades e no próprio poder público, através de funcionários comprometidos e, principalmente, de organizações da sociedade civil e das populações indígenas. Os partidos, na maioria, não foram capazes de acompanhar esse debate, estamos atrasados nisso.”

E mais: “Eu tenho procurado acompanhar as manifestações dos candidatos. Eu ainda tenho um olhar bastante preocupado em relação ao tema da sustentabilidade. Ele não está recebendo a devida importância e ênfase, por parte das candidaturas postas no campo democrático, mas eu espero que seja aprofundado cada vez mais.”

Para ela, projetos como da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará – da gestão petista – não devem mais receber apoio. “Não podem continar apoiando investimentos como nas hidrelétricas no rio Tapajós. Não podem fazer vistas grossas para grilagem de terras e, mais uma vez, querer fazer regulação fundiária como foi feito em 2009, quando 47 milhões de hectares foram entreguespara pessoas que não deveriam ter recebido esses títulos”, afirmou.

Marina defende, ainda, que os candidatos devem traduzir em planos de desenvolvimento econômico sustentável a agenda da mudança climática na questão da produção energética, no uso correto da biodiversidade, bem como na manutenção das florestas em pé. “E, principalmente, ser capaz de fazer com que esse país seja o país da agricultura de baixo carbono, que não derrube mais floresta para poder aumentar sua produção, mas use de tecnologias que já estão disponíveis na Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária], para crescer em termos agrícolas por aumento de produtividade. Todos esses investimentos precisam ficar bem claros no programa de governo”, disse ao portal.

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