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domingo, 17 de novembro de 2024
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Alerta

Golpes virtuais crescem cerca de 500% em 4 anos no Brasil

De acordo com os pesquisadores, o sistema do Pix, ferramenta que facilita repasses dinheiro para outra pessoa, pode ser um dos principais vilões desse caso.

Postado em 29 de junho de 2022 por Victória Vieira

Com novos meios tecnológicos de realizar transferências bancárias, o número de golpes virtuais cresceram cerca de 500% em 4 anos no Brasil. O levantamento do 16º Anuário Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) divulgado nesta terça-feira (28/6), demonstra que passou de 7.591 para 60.590 entre 2018 e 2021.

De acordo com os pesquisadores, o sistema do Pix, ferramenta que facilita repasses dinheiro para outra pessoa, pode ser um dos principais vilões desse caso. A justificativa é que os crimes digitais fazem com que a pessoa realize em seu nome transferências, compras ou empréstimos financeiros, porém, sem a sua autorização. Com isso, o crime nessa área está se tornando cada vez mais relativo.

“Os dados reforçam um fenômeno que vem sendo discutido: estamos vivenciando mudanças significativas nas dinâmicas dos crimes contra o patrimônio, em direção a sua digitalização. A queda de roubos a transeuntes (-7,5%) e o crescimento de roubos e furtos de celulares (1,8%) estão, muito possivelmente, associados a esta dinâmica; o que indica que os dados de roubos e furtos de celulares retratam melhor os crimes cometidos em vias públicas e a sensação de segurança nos ambientes urbanos, como será discutido adiante”, explica o estudo.

O diretor e presidente do FBSP, Renato Sérgio de Lima afirma que os meios eletrônicos como os celulares, transformaram a realidade da criminalidade digital. Diversas pessoas deixam os dados pessoais salvos nos aplicativos, isso só influencia mais os resultados de furtos e roubos de celulares.

“Esses crimes têm muita ligação com o sentimento de medo da população. O Brasil, além de viver um quadro de violência letal, vive uma epidemia de golpes”, disse. Os golpes mais comuns são através do pix e Whatsapp, onde criminosos se passam por um familiar pedindo dinheiro ou alguma empresa oferecendo algo em troca.

Aproximadamente 847.313 celulares foram roubados ou furtados no último ano. A pandemia trouxe uma queda desses acontecimentos em uma taxa de 22,8%, graças as medidas sanitárias de lockdown e distanciamento social. Contudo, com a retomada das atividades e avanço da vacinação, os números de crimes estelionatários voltaram a progredir.

“As taxas, contudo, ainda não se igualam aos patamares anteriores à pandemia de Covid-19. Os crescimentos mais significativos ocorreram no crime de estelionato, com taxas muito acima daquelas vistas em 2018 e 2019, e de estelionato no contexto virtual. Entre 2020 e 2021, houve, praticamente, estabilidade no roubo e furto de veículos e roubo e furto de celulares. Tivemos, ademais, queda de roubo a transeunte e queda no total de roubos”

 

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