Jovens empreendedores lideram o mercado e crescem em número no país
Jovens e adolescentes de 16 a 24 anos, buscam especialização para começar um negócio promissor
Aos 16 anos, João Pedro Melo é um exemplo de jovens que buscam um lugar de destaque no mercado. Com a ajuda do pai, começou a estudar finanças através de livros e vídeos no Youtube para entender como funcionava a bolsa de valores. Após começar a investir e lucrar com seus investimentos, João já divulga sua renda e ensina seus amigos através de plataformas online.
Hoje, com 17 anos, o estudante já possui duas empresas. Uma de finanças, chamada Jovem Investidor, com adentro a seu canal do Youtube, onde ensina jovens a começarem do zero e investirem na bolsa de valores. E outra, Futsy, loja online voltada para a venda de camisetas de futebol.
‘’Eu comecei a investir por curiosidade, na verdade queria aprender um jeito de fazer meu dinheiro render, aí foi quando meu pai me mostrou a bolsa de valores. Depois disso sim, comecei a estudar finanças. Também já estava inserido no mundo de gestão de negócios participando de eventos do Project Management Institute (PMI) e outros. Sempre quis ser empresário, ter minha própria empresa. ’’
Tudo que João já ensina em sua plataforma, é parte do que aprendeu no Senac Infinite, programa gratuito que contribui para a educação e qualificação de jovens e adolescentes, no ecossistema das startups. ‘’Os cursos tem por objetivo, motivar o ecossistemas das startups no estado de Goiás. O Senac Infinity também está agora cursos 4.0, em várias áreas da tecnologia para os que desejarem, todos gratuitos. ’’ relatou o gerente do Senac Infinite, Robson Azevedo.
Felipe Augusto Melo,14, também se inspira no irmão. Youtuber e influencer com mais de 60 mil visualizações em seus vídeos semanais, Augusto conta que pretende alavancar seu canal e posteriormente trabalhar na área de games com grandes youtubers.
‘’ A ideia de criar um canal no YouTube surgiu após passar um bom tempo de frente as telas, vendo vídeos de jogos. Eu curto muito esses canais e percebi a quantidade de pessoas que também gosta. Durante a pandemia fiquei muito envolvido com esse tipo de canal, então comecei a criar um para mim. Hoje consigo atingir um pouco mais de 60 mil visualizações’’, relatou Augusto.
Com o intuito de crescer no mercado e se especializar no que sonha, jovens e adolescentes de 16 a 24 anos, buscam especialização para começar um negócio promissor. Só no Brasil, no ano de 2021, a idade média de jovens que empreendem correspondem a 20,3% dos empreendedores.
De acordo com uma pesquisa do GEM 2018, do Sebrae/IBQP, o novo perfil de empreendedores se dá ao público mais jovem, apontando um aumento por oportunidade no Brasil. Entre os novos empreendedores brasileiros, mais de 60% disseram que abriram o próprio negócio por terem identificado uma oportunidade de mercado.
O crescimento foi tão grande, que atualmente correspondem a mais de 15,7 milhões de jovens atrás de informações para abrir um negócio ou uma empresa em atividade no período de 3 anos e meio.
“O jovem brasileiro já entendeu que para ter trabalho a melhor alternativa é criar o próprio emprego, é empreender, inovar e gerar novas vagas. E eles não empreendem por necessidade, estão de olho nas oportunidades do mercado, estão atendendo demandas sociais e movimentando a economia. Aliás, este resultado é um reflexo também do início da recuperação da nossa economia”, destaca o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
‘’ Quando se está começando a empreender, busca-se fazer o que gosta e assim ter sucesso. Até mesmo quando se empreende em família, muitos jovens conseguem se sobressair e se tornarem grandes empreendedores’’ completa. O ramo do entretenimento movimentou mais de R$ 17 bilhões em 2018. A média para 2022, já subiu para 90 milhões. Um levantamento feito pelo Sebrae, mostrou, no entanto, que a pandemia do coranavírus afetou 98% do mercado de eventos. O impacto provocado pela Covid-19 fica evidente, segundo o órgão, observando o faturamento do setor. Em comparação ao mês de abril do ano passado, grande parte dos entrevistados acreditavam na redução de pelo menos 76% do faturamento. “Em um ano de pandemia e retração, tomamos o caminho inverso e estamos investindo firmemente em nosso segmento”, ressalta Lucas, um dos entrevistos para a pesquisa do Sebrae.