Amazônia está em alta com ecoturismo
Prestes a iniciar a melhor época de turismo, a Amazônia parece ter entrado de vez no radar dos brasileiros
Prestes a iniciar sua melhor época do ano para o turismo, a Amazônia parece ter entrado de vez no radar dos brasileiros, cada vez mais ávidos por um contato mais próximo com a natureza. Após a pandemia, o turismo tem sentido que a busca por destinos que proporcionem isso tem sido prioridade na hora de programar uma viagem. Segundo dados compilados pela Organização Mundial do Turismo (OMT), a prática do chamado ecoturismo saltou de 15% para 25% nos últimos cinco anos, evidenciando destinos pouco explorados localmente.
Queridinha dos gringos, a Amazônia está presente em nove estados e em pouco mais de 60% de todo o território brasileiro. Em seus domínios, nada mais que a maior e mais diversificada biodiversidade do mundo, com incontáveis espécies para se observar, paisagens de tirar o fôlego e uma série de outros predicados que justifiquem uma viagem para se encantar com o destino. Parte importante do DNA brasileiro, a visita carrega também, além do cunho turístico, a responsabilidade de se discutir sobre medidas de preservação.
Muito embora todas as estações apresentem características bastante distintas, todas as épocas do ano possuem peculiaridades únicas e atraentes, garantindo que não há tempo ruim na Amazônia. Existem duas estações muito bem definidas ao longo do ano: a estação seca, de junho a novembro, e a estação verde, de dezembro a maio. Ambas são excelentes para conhecer o local, mas oferecem experiências dispares, porém enriquecedoras. Basta escolher a que mais te enche os olhos e comece a se programar.
Na estação seca, os rios atingem o seu ponto mais baixo em setembro, com muitas corredeiras. É uma ótima época para avistar aves e animais. Já na estação verde, a floresta se torna mais úmida e os rios atingem o seu ponto mais alto em março, encobrindo pedras e ficando mais calmo e plácido. O Cristalino Lodge, um dos melhores ecolodges do mundo segundo a National Geographic Traveler, dá algumas dicas para os turistas que pretendem desbravar a maior floresta tropical do planeta durante a alta temporada.
A melhor época do ano para se aventurar pela Amazônia é agora, entre os meses de julho e agosto, quando há menos riscos de chuva e as chances de observar grandes mamíferos nas margens dos rios se torna maior. Infinitas possibilidades de passeios e experiências se abrem para os turistas. Mas o que fazer? O Essência listou algumas dicas de atividades e experiências para as pessoas que durante essas férias investem em conhecer lugares pouco prováveis como a Reserva Cristalino Lodge, em Alta Floresta, no Mato Grosso.
O que fazer em Alta Floresta?
Pode parecer clichê dizer, mas caminhar entre as árvores de um bioma tão rico e único quanto a Amazônia é uma incrível experiência de conexão com a natureza. Observar com atenção todos os detalhes da fauna e da flora também. São mais de 30 mil espécies de plantas e incontáveis espécies de aves, mamíferos, répteis e peixes. Uma vez no local, não deixe de explorar a região durante a noite. As chances de avistar algum animal em busca de alimento, sobretudo os de hábitos noturnos, são bem maiores e a experiência será inesquecível.
Contemplar a natureza é uma prática que pode ser feita de diversas maneiras no sul da Amazônia, a canoagem é uma delas. Depois de explorar as suas belezas por terra e água, que tal vislumbrar os encantos da Amazônia pelo alto? Na Reserva Privada do Cristalino Lodge é possível apreciar a floresta à 50 metros de altura, por meio de duas torres de observação. Construídas em aço galvanizado, as estruturas estão posicionadas em diferentes pontos da reserva ecológica e oferecem uma vista de tirar o fôlego, sobretudo ao pôr do sol.
Mergulhar em um revigorante banho de rio, com águas limpas da própria Amazônia, se traduz em uma sensação de pura felicidade. Em algumas regiões, entre os meses de julho a novembro, pequenas ‘praias’ e pedras, quase que sob medida, surgem para tornar a experiência ainda mais gostosa, prazerosa e libertadora. Outra ótima atividade é explorar os sabores da Amazônia. Espere por sabores únicos ao provar a rica e variada gastronomia local, feita geralmente com ingredientes nativos e da estação. A grande estrela da mesa normalmente é o pescado.
O que são os ecolodges?
Pousada, Hotel, Resort, Ecolodge. São muitos os termos que diferenciam as hospedagens. Diferente do que muita gente imagina, um Ecolodge é muito mais do que uma pousada no meio da natureza, ou simplesmente um título bacana. Na verdade, para ser um verdadeiro Ecolodge é preciso possuir algumas características essenciais. É entender que o empreendimento é parte inclusiva da natureza que o cerca. É ter responsabilidade com a comunidade local e contribuir com ações sociais e sustentáveis para o bem-estar comum. Mas afinal quais são os critérios necessários para que se tenha um verdadeiro Ecolodge? Então, vamos à lista de práticas essenciais que todo ecolodge precisa ter: Ajudar na conservação da flora e fauna; a construção tem que impactar o mínimo possível o ambiente; usar meios alternativos e sustentáveis de aquisição de água e reduzir do consumo; realizar o manuseio e descarte de resíduos sólidos; usar fontes de energia renováveis; usar tecnologia e materiais sustentáveis; usar sistemas de tratamento de esgoto ecologicamente corretos; entre outros.