Justiça anula júri que condenou réus da Boate Kiss
Ministério Público do Rio Grande do Sul pode recorrer ao STJ e ao STF
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul anulou o júri da Boate Kiss, que condenou empresários e membro de banda que se apresentava no local. Os desembargadores da 1º Câmara Criminal votaram pela anulação por 2 a 1.
Eles acataram a defesa dos réus que indicou falhas dos ritos processuais. A expectativa é que as prisões sejam revogadas.
Com isso, devem ser soltos: o dono da boate Elissandro Sphor, condenado a 22 anos e seis meses de reclusão; sócio dele, Mauro Hoffmann, condenado a 19 anos; o vocalista da banda Marcelo dos Santos, condenado a 18 anos; e o assistente do conjunto musical Luciano Bonilha Leão, condenado 18 anos.
O Ministério Público do Rio Grande do Sul pode recorrer tanto Superior Tribunal de Justiça (STJ) quanto ao Supremo Tribunal Federal (STF) da anulação. A informação é do jornal O Globo.
Boate Kiss
Em 27 de janeiro de 2013 a Boate Kiss, localizada na área central de Santa Maria (RS), sediou a festa universitária denominada “Agromerados”. No palco, se apresentava a Banda Gurizada Fandangueira, quando um dos integrantes disparou um artefato pirotécnico cujas centelhas atingiram parte do teto do prédio, que era revestido de espuma, que pegou fogo. O incêndio se alastrou rapidamente, causando a morte de 242 pessoas e deixando mais 636 feridos.