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sábado, 23 de novembro de 2024
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Política

Nome do PSOL ao governo diz que PT não poderia ter cogitado aliança com Marconi

Oficializada como candidata do PSOL ao governo, Cíntia Dias lamenta o PT ter discutido aliança com o ex-governador Marconi Perillo

Postado em 5 de agosto de 2022 por Francisco Costa

Oficializada como candidata do PSOL ao governo de Goiás em convenção do último sábado (30/7), a socióloga Cíntia Dias lamenta que o PT tenha cogitado fechar aliança com o ex-governador Marconi Perillo (PSDB). As duas siglas realizam suas convenções nesta sexta-feira (5/8) e a expectativa, até quinta-feira (4/8), era pela formação conjunta de uma chapa majoritária. O tucano, contudo, teria desistido da disputa ao governo.

Este talvez seja um dos principais motivos de desunião entre as esquerdas em Goiás. Além do PSOL, UP e PCB também decidiram por lançar nomes próprios ao governo. O PDT deve permanecer na base do governador Ronaldo Caiado (UB) e o PSB provavelmente se juntará à federação PT, PCdoB e PV. 

Vale citar, o PSB tem como liderança o ex-governador José Eliton, que articulava pela união com PT e Marconi. Ele também não tem a simpatia do PSOL e das demais legendas de esquerda que optaram pelo voo solo.

Mas Cíntia justifica o descontentamento com PT. “O governo de Marconi significou muita dor para a classe trabalhadora”, afirma. Ela lembra, dentre outras coisas, que foi durante a gestão do tucano que ocorreu o despejo de 4 mil famílias no Parque Oeste Industrial, em Goiânia, em ação policial que terminou com dois mortos (segundo dados do governo), 16 feridos a bala, um paraplégico, 800 detidos. Segundo a pessolista, “o PT não poderia cogitar qualquer aliança” com ele. “Vemos com muita tristeza e decepção.”

Postura

Ao ver que a possibilidade de aliança – e o interesse do PT –, Cíntia avalia como acertada o lançamento da chapa do PSOL ao governo. Além dela como cabeça na majoritária, a ex-candidata à prefeitura de Goiânia Manu Jacob (PSOL) será postulante ao Senado e o ex-procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) Edson Braz (Rede Sustentabilidade), vice. 

“Se o PT demonstra essa intenção de não discutir com a esquerda, mas com a direita, lamentamos e seguimos nosso caminho. Nós temos postura, posicionamento que representa a luta de classe. Não temos como recuar. Mesmo com o PT recebendo um ‘não’ de Marconi”, afirma.

Esquerdas divididas

Além do PSOL, como mencionado, UP e PCB vão alçar voos solos. A Unidade Popular oficializou em convenção a candidatura do professor Reinaldo Pantaleão ao governo de Goiás. O evento ocorreu na sexta-feira passada (29/7). Já o PCB formalizou a professora Helga Martins para disputar o governo na última quarta (3/8). 

O PSB, por sua vez, realizou convenção no domingo (31/7), mas deixou em aberto a posição na chapa majoritária. A ideia é conversar com outras siglas e tentar uma aliança durante a semana. 

Convenções

Nesta sexta-feira ocorrem as convenções de PT, PSDB, União Brasil, Patriota e outros. Sem Marconi, o Partido dos Trabalhadores deve lançar o ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) Wolmir Amado ao governo. Se ainda houver uma reviravolta, Marconi. Os demais ocupantes da majoritária ainda serão definidos.

Pelo União Brasil, o governador Ronaldo Caiado formaliza sua candidatura à reeleição com o presidente estadual do MDB Daniel Vilela na vice. Pelo Patriota, o nome ao governo será o do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha. 

No caso de Caiado, não haverá nome ao Senado na chapa. O mandatário permitiu as candidaturas isoladas pela base. Serão eles: Delegado Waldir (UBl) e Alexandre Baldy (PP). Se retiraram da disputa o senador Luiz do Carmo (PSC), o deputado federal Zacharias Calil (UBl) e Lissauer Vieira (PSB).

Já na chapa de Mendanha, a vice ficará para última hora. Existe a possibilidade do presidente da Câmara de Goiânia Romário Policarpo (Patriota) assumir o cargo. Já o postulante ao Senado é presidente estadual do Republicanos, deputado federal João Campos.

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