Caso Leandro Lo; amigos voltam aos treinamentos sob choros e orações
Os amigos de Leandro Lo, morto com um tiro na cabeça no último fim de semana por um policial militar, voltaram aos treinos no dia seguinte ao sepultamento do atleta.
Os amigos de Leandro Lo, morto com um tiro na cabeça no último fim de semana por um policial militar, voltaram aos treinos no dia seguinte ao sepultamento do atleta. Para a maioria que esteve presente na academia na Liberdade, região central de São Paulo, pisar no tatame em que rolavam diariamente com o oito vezes campeão mundial de jiu-jítsu foi um momento repleto de emoções.
Entre homenagens, orações e muito choro, os amigos mais próximos descarregaram as energias na última terça-feira (9). A sensação após o primeiro treinamento sem Lo era de que ali eles se despediam de verdade do amigo, assassinado em um show na zona sul de São Paulo, no último fim de semana.
“A gente colocou para tocar as músicas que ele gostava, Filipe Ret, ele curtia rap. Treinamos como conseguimos. Eu chorei bastante entre as lutas, tentei fazer posições que ele fazia, que ele me ensinou. Mas eu senti minha alma lavada, eu senti que a ficha caiu [sobre a morte]”, revelou ao portal do Uol Esporte Pedro Henrique Elias, faixa preta de jiu-jítsu e amigo de Leandro Lo há quase 10 anos.
Outro amigo de Leandro Lo também comentou sobre o o treino; Rider Zuchi, também faixa preta, relatou que foi duro voltar aos treinos, mas que o jiu-jítsu serviu para os amigos voltarem a sorrir após a tragédia. “O primeiro treino sem o Leandro foi horrível. Foi muito ruim mesmo, parecia que ele ia chegar a qualquer momento. Foi um treino bem homenagem, foi muito difícil treinar, foi bem forçado. Mas no final foi gostoso, a galera voltou a rir, lembrar das histórias e rir. Foi bem emocionante e dolorido”, disse o lutador de 26 anos.