Justiça proíbe venda de seguidores e curtidas no Instagram
A decisão atende um pedido da Meta, dona da rede social, contra a empresa Igoo Networks.
A Justiça proibiu que uma empresa dona de oito sites que vendem seguidores faça a comercialização do engajamento artificial no Instagram. A decisão atende um pedido da Meta, dona da rede social, contra a empresa Igoo Networks.
A decisão foi tomada na última terça-feira (23/8) pela 1ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem de São Paulo. Ainda cabe recurso à tutela de emergência, que é um tipo de decisão antecipada.
Usuários do Instagram compram seguidores e curtidas para melhorar seus posicionamentos na rede. Quanto mais gente segue um perfil e curte seus conteúdos, mais a ferramenta vê esse usuário como relevante, aumentando as chances de ele ser apresentado a novos seguidores em potencial.
Devido a isso, esse tipo de prática é vista como um engajamento falso ou artificial.
Um pacote de mil curtidas no Instagram pode ser adquirido por R$ 0,60. Porém, esses sites pagam a trabalhadores de R$ 0,001 a R$ 0,05 para executar cada uma das interações, designadas como tarefas.
A decisão começa a valer em 30 dias e proíbe a empresa de “desenvolver, distribuir, operar, vender ou ofertar à venda serviços, produtos ou aplicativos que se integrem ao ‘Instagram’” e também a promoção e reprodução de símbolos e sinais associados à rede.
“Quaisquer outros que reproduzam ou imitem, no todo ou em parte, as marcas registradas pela parte autora, efetuando as alterações necessárias nas URLs indicadas”, diz a decisão.