Cerol: GCM apreende mais de 2 milhões de metros de linha
Somente em julho, a campanha Pipa com Cerol apreendeu mais de 300 quilômetros de objetos com o cerol
Até o mês de agosto deste ano, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Goiânia apreendeu 550 pipas, 2000 latas e 2 milhões de metros de material cortante. Não houve registro de mortes na capital de vítimas de cerol. No mês de julho, a campanha Pipa com Cerol apreendeu mais de 300 quilômetros de objetos com o cerol. Mas, a ação é durante todo o ano.
O objetivo é coibir a produção, armazenamento e comercialização do cerol, linha chilena, pó de ferro, viúva negra e outros materiais que podem oferecer algum risco de corte e até mesmo a morte.
O Comandante Wellington Paranhos destaca que, além do trabalho nos bairros, a GCM desenvolve palestras de orientação nas escolas municipais quanto aos riscos desses materiais. Ele reforça que estabelecimentos que comercializem linhas com material cortante podem ter o alvará de funcionamento suspenso.
“Quem for pego usando esses materiais é encaminhado para a delegacia. Caso seja maior de idade, deve responder Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), e menores são entregues aos responsáveis”, frisa o comandante.
Aparecida de Goiânia
A campanha Vida por um fio do município de Aparecida de Goiânia teve início no final do mês de junho e acabou em agosto. Nesse período a GCM intensificou a fiscalização de rotina também em pontos de comércio a fim de proibir vendas desse tipo de material.
“Essa 11ª Campanha Vida Por um Fio foi muito bem sucedida. Teve muita diminuição em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2021 a apreensão de pipas foi mais de 1500 e linhas cortantes foram 2500 e esse ano foram só 654 pipas e 893 linhas cortantes”, afirma o Secretário de Segurança Pública de Aparecida de Goiânia, Roberto Cândido.
Em julho, o piloto de paraplano Marcelo Nunes Rodrigues, de 52 anos, morreu em Aparecida de Goiânia após cair e ter parte do corpo queimado. Imagens feitas após o acidente mostram linhas, que estariam com cerol, enroladas no equipamento. A gravação foi feita pelo instrutor Itiel Lima. No vídeo, ele mostra que a linha corta o equipamento que Marcelo estava usando. “Essa linha com cerol estava enrolada nas linhas da asa e cortou todo o tirante que segura as linhas do paraplano”, explicou.
Sobre este caso o secretário explica que ainda está em investigação e que até o momento não existe confirmação de que as linhas tenham ocasionado a morte do rapaz. A campanha já acabou , mas Cândido destaca que permanece atendendo aos chamados da população pela central de operações da guarda civil de Aparecida. Qualquer pessoa que suspeitar de alguém que esteja portando material de linha cortante pode fazer a denúncia pelos números 153 ou 3545-5901.
A punição é o recolhimento do material e conscientização dessa pessoa, mas se ela já foi orientada e por ventura vir a causar danos a outros ou a patrimônios ela é conduzida a uma delegacia de polícia e é feito um boletim de ocorrência. A legislação que regulamenta a brincadeira em Aparecida proíbe o uso e venda de “linha cortante, cerol ou vidro moído” no comércio formal e informal. O comerciante que vender esse tipo de material terá o produto apreendido e será encaminhado à autoridade policial. Além disso, será aplicada multa no valor de R$ 3 mil a cada infração cometida.
Os grupos mais vulneráveis a sofrer esse tipo acidente são motociclistas, ciclistas e pedestres. “Para quem anda de moto principalmente no período de temporada de soltar pipas usar sempre capacete com viseiras baixas, usar blusa que cubra o pescoço e a antena no guidão da moto”, orienta o secretário.