João Victor Portellinha de Oliveira que passou no 5º ano do ensino fundamental, aos 8 anos de idade, no vestibular para o curso de direito da Universidade Paulista (Unip), em Goiânia, dizia ter um sonho de ser juiz federal, mas o destino reservou outro futuro para o garoto.

João Victor, naquela época, havia sido muito elogiado após a prova. A universidade reconheceu por uma nota que avaliação havia sido merecedora: “O desempenho do estudante, levando em consideração sua idade e escolaridade, foi bom, especialmente na prova de redação, em que revelou boa capacidade de expressão e manejo eficiente da língua. A singeleza do conteúdo não destoava da linguagem simples, direta, coloquial, com poucos deslizes em relação à norma culta. Este fato o torna merecedor de um acompanhamento especial em seus estudos”, dizia o documento, naquela oportunidade.

Hoje, com 23 anos, João Victor passou em nono lugar de medicina na Universidade de Rio Verde (URV) e vive a expectativa de se formar em pouco tempo. O estudante de medicina ingressou na faculdade no fim de 2020.

Na época, João foi proibido de cursar por não ter concluído o ensino médio. De acordo com a presidente em 2008 do Conselho Estadual de Educação de Goiás, professora Maria do Rosário Cassemiro o garoto não poderia ser matriculado devido a um artigo da Lei de Diretrizes e Bases. Para cursar o ensino superior é preciso que a pessoa tenha concluído o ensino médio.