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sábado, 23 de novembro de 2024
Assédio político

Patrão é suspeito de pedir a funcionárias para usarem celular no sutiã e filmar voto, na Bahia

O pedido teria ocorrido como uma forma de comprovar o voto na urna eletrônica

Postado em 19 de outubro de 2022 por Ícaro Gonçalves

Um empresário do setor do agronegócio no oeste da Bahia é suspeito de orientar suas funcionárias a usarem celular no sutiã para filmar o voto durante o segundo turno das eleições. O caso está sendo apurado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-BA) como suposto crime de assédio eleitoral.

O pedido teria ocorrido como uma forma de comprovar o voto na urna eletrônica. O MPT deu dois dias para manifestação da defesa do ruralista. Nas redes sociais, foi identificada a circulação de áudios nos quais o ruralista confessa atos de coerção aos trabalhadores, mandando-os votar em determinado candidato à Presidência.

O MPT também expediu recomendação para que ele imediatamente se abstenha de manter ou reiterar as práticas ilegais. Este foi o segundo caso identificado pelo MPT da Bahia. Em todo o Brasil, já são 419 de coerção política sob análise, volume muito maior do que na última eleição presidencial, que ficou em 212.

A procuradora Carolina Ribeiro, que atua no caso, também encaminhou ofício ao Ministério Público eleitoral com o relato dos fatos para que possa também adotar as medidas cabíveis.

A expectativa do MPT é que o empresário assine um termo de ajuste de conduta ao termino do prazo concedido.

Leia também: “Assédio eleitoral é crime e será punido”, diz Moraes sobre pressão de empresários em funcionários

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