Patrão é suspeito de pedir a funcionárias para usarem celular no sutiã e filmar voto, na Bahia
O pedido teria ocorrido como uma forma de comprovar o voto na urna eletrônica
Um empresário do setor do agronegócio no oeste da Bahia é suspeito de orientar suas funcionárias a usarem celular no sutiã para filmar o voto durante o segundo turno das eleições. O caso está sendo apurado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-BA) como suposto crime de assédio eleitoral.
O pedido teria ocorrido como uma forma de comprovar o voto na urna eletrônica. O MPT deu dois dias para manifestação da defesa do ruralista. Nas redes sociais, foi identificada a circulação de áudios nos quais o ruralista confessa atos de coerção aos trabalhadores, mandando-os votar em determinado candidato à Presidência.
O MPT também expediu recomendação para que ele imediatamente se abstenha de manter ou reiterar as práticas ilegais. Este foi o segundo caso identificado pelo MPT da Bahia. Em todo o Brasil, já são 419 de coerção política sob análise, volume muito maior do que na última eleição presidencial, que ficou em 212.
A procuradora Carolina Ribeiro, que atua no caso, também encaminhou ofício ao Ministério Público eleitoral com o relato dos fatos para que possa também adotar as medidas cabíveis.
A expectativa do MPT é que o empresário assine um termo de ajuste de conduta ao termino do prazo concedido.
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