A ascensão de Jair Bolsonaro às vésperas do 2° turno
De Neymar ao cantor Leonardo: candidato à reeleição tem conseguido apoio de personalidades importantes
O apoio do jogador-estrela da seleção brasileira Neymar à campanha de reeleição de Jair Bolsonaro (PL) é um ingrediente fundamental para ligar o clima de patriotismo, cujo simbolismo do verde e amarelo se confunde com o mais esperado evento esportivo do planeta: a Copa do Mundo. Uma live organizada pela equipe de Bolsonaro deu mais força para a estratégia de ligar o craque do futebol ao projeto de reeleição. Com isso, a ideia da equipe de Bolsonaro é afastar, como dizem, o risco de o PT voltar a governar o País. Para tanto, têm sido buscado apoio de grupos e personalidades alinhadas com a política econômica da gestão do atual presidente.
Tem sido assim com os cantores sertanejo, com o segmento empresarial, do industrial, do agronegócio e evangélico. Semana passada, o atual chefe do Executivo esteve ao lado de Gusttavo Lima, Leonardo, Zezé Di Camargo, Fernando (da dupla com Sorocaba), Marrone, Sula Miranda e Chitãozinho. Jair Bolsonaro defendeu ações da sua gestão, sobretudo à política do agro. Com um aceno aprovará a redução da maioridade penal.
Na ocasião, na maior demonstração de reação ao projeto do rival, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL), apareceram no Planalto o apresentador Ratinho, o governador reeleito de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), a deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL-SP), além de ministros de estado, como Célio Faria (Secretaria de Governo), Fábio Faria (Comunicações), Paulo Guedes (Economia) e Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública).
Com quase 100 eleitos de deputados federais do seu partido, além dos estaduais, a Bancada do Agro – quase unanimemente na base de Bolsonaro – é uma das mais relevantes e já sinalizaria uma governabilidade do atual presidente nos próximos quatro anos. E, nesta etapa final de campanha, é um grande atributo para o projeto de reeleição.
O presidente tem pedido que governadores eleitos usem a força nos estados para angariar apoio de vereadores e prefeitos É o que tem feito o governador reeleito em Goiás, Ronaldo Caiado, e o ex-ministro Rodrigo Garcia, que concorre ao segundo turno pelo governo paulista. Em evento em um ginásio de São Paulo, Bolsonaro discursou: “Chegar à Presidência da República é uma missão. Aqui cada um tem uma missão de Deus para cumprir. A minha está sendo esta. E creio, se for a vontade de Deus, passando pelas mãos de vocês, a gente vai continuar na Presidência da República”.
Foi a chance de Bolsonaro dizer que a pandemia ocasionou a recessão econômica no Brasil, como em todo o mundo. “Vocês sabem o que foram esses 3 anos e 8 meses. O que aconteceu no Brasil, o que tivemos pela frente, a pandemia, que lamentavelmente vitimou muita gente e que foi um golpe muito forte na economia. Vencemos esse momento, estamos no terceiro mês com inflação negativa, os combustíveis estão na casa dos R$ 5, a gasolina, atendemos os mais humildes, os mais pobres, com programas sociais permanentes”, afirmou.
Num aceno para o antipetismo, além do que tem sido discutido para entrar na estratégia de marketing adotada pela equipe de marqueteiros nas redes sociais e nas emissoras de rádios e televisão, Bolsonaro ainda ressaltou o aspecto da ideologia da qual faz parte. “Temos as nossas pautas, chamadas