“Não vejo razão para sair do (futuro) Mais Brasil”, diz Veter Martins
Eleito deputado estadual pelo Patriota, o ex-vice-prefeito de Aparecida de Goiânia Veter Martins não vê empecilho em continuar na legenda Mais Brasil
Eleito deputado estadual pelo Patriota, o ex-vice-prefeito de Aparecida de Goiânia Veter Martins não vê empecilho em continuar na legenda Mais Brasil, que se originará da fusão entre a sigla dele o PTB. “Neste primeiro momento, devo permanecer”, diz ao admitir que já recebeu diversos convites – mas não cita quais.
“Até porquê, o comando vai continuar com a presidência do Patriota.” Ele cita que nacionalmente está acertado que Ovasco Resende – presidente da legenda dele – será o líder da nova sigla. Em Goiás, a expectativa é que permaneça com Jorcelino Braga, presidente estadual. “Mas vou discutir com Vilmar [Mariano, prefeito de Aparecida], que também é filiado ao Patriota e com o Gustavo Mendanha [ex-prefeito].”
Vale lembrar, recentemente Jorcelino disse ao Jornal O Hoje que poderia convidar Mendanha para assumir a presidência do Mais Brasil. Mas de volta a Veter, ele cita que ainda faltam alguns meses para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) homologar a fusão. Enquanto isso, “vamos amadurecendo”.
Questionado sobre oposição ou base do governo estadual, ele afirma que, assim que foi eleito, foi convidado para um “café” com Braga. Na ocasião, o presidente do Patriota disse que ele teria liberdade dentro da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para conduzir o mandato como quisesse. “Acredito que tenha dado a mesma liberdade a Cristóão Tormin”, se refere ao colega de sigla eleito na Casa.
Mas se Veter deve ficar na sigla, o mesmo não pode ser dito do presidente da Câmara de Goiânia, Romário Policarpo. O vereador não fala oficialmente sobre o assunto, mas aliados do político afirmam que é cerca a saída dele da legenda quando a fusão se concretizar. Especula-se que ele poderia ir para o PT, mas interlocutores não confirmam essa possibilidade.
O Jornal O Hoje tentou contato com outros filiados do Patriota como o vereador por Goiânia Cabo Senna e o próprio deputado eleito Cristóvão Tormin. Não houve sucesso. Do PTB, a presidente metropolitana da sigla e vereadora por Goiânia Gabriela Rodart também não atendeu às ligações.
Fusão
A fusão com PTB, no fim do mês passado, foi confirmada, à época, pelo próprio presidente estadual petebista, Eduardo Macedo. Vale citar, como o Patriota elegeu mais nomes na Câmara Federal – foram 4 a 1 –, uma das exigências é que os ex-deputados federais Roberto Jefferson, Cristiane Brasil e Eduardo Cunha não façam parte da nova sigla.
Além desta junção, Solidariedade e Pros também se uniram para superar a cláusula de desempenho, ou cláusula de barreira, como também é chamada. O intuito, claro, é assegurar o direito ao fundo partidário e às propagandas de rádio e TV.
Nota assinada pelo goiano Eurípedes Júnior, presidente do Pros, e pelo líder do Solidadirade, o deputado federal Paulinho da Força, afirma que “a junção proporcionará um partido forte em todo o Brasil, capaz de agregar forças políticas que comunguem dos princípios democráticos e cuidado social”.
Neste ano, vale lembrar, 23 siglas conseguiram assentos na Câmara Federal. Contudo, do montante, somente 13 partidos conseguiram alcançar a cláusula de desempenho (ou de barreira), ou seja, alcançaram os requisitos para garantir o Fundo Partidário e o tempo de TV.