Cotados para presidência da Alego votaram pela contribuição do Agro
Na última quinta-feira, matérias que criam o fundo e estabelecem a contribuição do agro passaram na Casa por 22 votos a 16
A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) votará em segunda e definitiva votação a taxação do agro nesta terça-feira (22/11). Na última quinta-feira (17/11), as matérias que criam o fundo e estabelece a contribuição passaram na Casa por 22 votos a 16. Entre os favoráveis estão os nomes cotados para presidência da Alego.
Os possíveis candidatos à liderança da mesa diretora são: Bruno Peixoto (União Brasil), Virmondes Cruvinel (União Brasil), Cairo Salim (PSD) e Wilde Cambão (PSD). Outros dois são Renato de Castro (União Brasil) e Lincoln Tejota (União Brasil), mas eles só assumem no ano que vem, então não participaram.
Além deles, votaram a favor da taxa: Álvaro Guimarães (União Brasil), Dr. Antonio (União Brasil), Rubens Marques (União Brasil), Talles Barreto (União Brasil), Tião Caroço (União Brasil), Amilton Filho (MDB), Charles Bento (União Brasil), Francisco Oliveira (MDB), Lucas Calil (MDB), Thiago Albernaz (MDB), Zé da Imperial (MDB), Max Menezes (PSD), Wilde Cambão (PSD), Coronel Adailton (PRTB), Dr. Fernando Curado (PRTB), Julio Pina (PRTB), Jeferson Rodrigues (Republicanos), Rafael Gouveia (Republicanos) e Henrique César (PSC).
Os contrários a matéria foram: Adriana Accorsi (PT), Alysson Lima (PSB), Amauri Ribeiro (Patriota), Antônio Gomide (PT), Chico KGL (União Brasil), Cláudio Meirelles (PL), Eduardo Prado (PL), Gustavo Sebba (PSDB), Hélio de Sousa (PSDB), Humberto Teófilo (Patriota), Major Araújo (PL), Paulo Cézar Martins (PL), Paulo Trabalho (PL), Sérgio Bravo (PSB) e Zé Carapô (Pros). O presidente Lissauer Vieira (PSB) também foi contrário.
Fator Caiado
Destaca-se, a aprovação em primeiro turno ocorreu sob vaias de produtores rurais que ocupavam a tribuna. A taxa pode chegar até 1,65% e é optativa. Aqueles que recebem benefícios fiscais e optarem por não pagar, contudo, perdem a benesse. Os produtos incluídos na contribuição são milho, soja, cana-de-açúcar, carnes e minérios.
Assim, apesar do desgaste, é natural o posicionamento favorável por parte dos presidenciáveis. Isto, porque o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) deverá entrar na articulação para a eleição do sucesso de Lissauer Vieira que, de malas prontas, já se posicionou contra a taxa e comprou a insatisfação governista.
Caiado ainda não sentou para discutir a questão. Ele aguardava o fim das eleições e a votação de matérias de interesse do governo, como essa, para conversar com a base sobre o nome que irá apoiar para o comando da Alego. E a taxação do agro passa por essas prioridades.
A expectativa do governador, inclusive, era que a votação terminasse na semana passada. Lissauer não permitiu. A votação ficou para terça. Situação que deu tempo à oposição tentar articular uma virada. Segundo Paulo Trabalho, a pressão e mobilização dos produtores rurais, que já ocuparam as tribunas da Casa na última quinta, será muito maior na terça.
Para o Delegado Humberto Teófilo será possível, sim, mudar o resultado. Ele lembra que dois deputados estaduais que votariam contra a pauta estavam ausente: Lêda Borges (PSDB) e Karlos Cabral (PSB). A conta é que são necessários mudar o voto de três parlamentares – ou pelo menos dois, pois com o empate quem decide é o presidente da Alego, Lissauer Vieira.
“É possível, sim, reverter. Tivemos 16 votos e podíamos atingir 18. Dos 22, podemos recuperar, pelo menos, dois com pessoas envolvidas no agro. Dois a três”. O Jornal O Hoje conversou com deputados da base. Eles não acreditam que o resultado irá mudar. Um deles, inclusive, disse não lembrar de uma virada no segundo turno.