Iranianos não cantam hino nacional em protesto a favor dos direitos das mulheres
Durante o jogo, diversos cartazes com as cores do Irã estavam com mensagens pedindo por mais liberdade no país
A primeira partida desta segunda-feira (21), entre Inglaterra e Irã, foi palco de manifestações de jogadores no gramado e torcedores na arquibancada a favor dos direitos das mulheres. Nas últimas semanas, jogadores do país se posicionaram de forma favorável às reivindicações.
Durante o jogo, diversos cartazes com as cores do Irã estavam com mensagens pedindo por mais liberdade no país. O Irã atravessa uma grande onda de protestos pela morte de Mahsa Amini. A jovem de 22 anos foi detida pela polícia iraniana sob acusação de violar as regras do país sobre o uso de hijab, tradicional lenço islâmico utilizado para cobrir a cabeça. Nas últimas semanas, jogadores do país se posicionaram de forma favorável às reivindicações.
Antes da Copa do Mundo começar, a Federação Internacional de Associações de Futebol (Fifa) se mostrou atenta aos possíveis protestos das seleções nos gramados. Em carta enviada aos 32 participantes da competição, a federação aconselhou os países a se manterem neutros sobre questões políticas. No entanto, o meio-campista Ali Karimi e os atacantes Sardar Azmoun e Mehdi Taremi foram na contramão da recomendação. Nas redes sociais, eles postaram mensagens incentivando as manifestações.
“Parabéns pelo seu dia meninas do meu país, as mulheres corajosas do meu país. Espero que um dia o mundo inteiro lhes respeite ???”, publicou um dos jogadores.
O assunto também passou a ser corriqueiro no dia a dia da seleção iraniana. Houve pedido de exclusão do país do Mundial, algo que não foi considerado pela Fifa. Grande parte dos torcedores se manifestaram a favor dos protestos que pedem o fim da violência contra mulheres e mais direitos.