Jovem de 22 anos pula muro de escola e esfaqueia professoras por vingança, em SP
No momento da invasão, apenas professores participavam de uma reunião no local
Um jovem de 22 anos foi preso por esfaquear duas professoras de uma escola do município de Ipaussu, a 350 km de São Paulo. Segundo a Polícia Civil, o jovem invadiu a escola na noite de quarta-feira (14/12) com objetivo de se “vingar” da diretora da instituição, a quem já fez ameaças há mais de dez anos.
No momento da invasão, apenas professores participavam de uma reunião no local. Ao perceber que a diretora não estava no local, o homem começou a ferir as professoras. O caso ocorreu na Escola Estadual Professor Júlio Mastrodomênico. Ele portava duas facas e um simulacro de arma de fogo.
Segundo o delegado responsável pelas investigações do crime, Marcelo Assis Aliceda, o suspeito confessou que buscava uma diretora, que lecionava em outra escola na qual ele estudou em 2012.
“Ele me disse em interrogatório que 10 anos atrás estudava em outra escola e que lá trabalhava a atual diretora dessa escola. Naquela época, ele fez ameaças de praticar atos violentos na escola e todas as providências foram tomadas, [ele foi] encaminhando para psicólogo e tudo mais. Ele ficou com isso, possivelmente deve ter algum problema psíquico, ficou com isso na cabeça e agora confirmou que ele foi na escola atrás da diretora”, disse o delegado, em entrevista à TV Globo.
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Um dos professores feridos, de 27 anos, conseguiu desarmar o jovem, mas foi feito refém por ele, que o deixou sob a mira de um simulacro de arma de fogo. Após agredir o professor, o suspeito pegou outra faca que estava escondida e manteve o professor como refém até a chegada da Polícia Militar.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, duas professoras, de 26 e 43 anos, foram internadas com ferimentos. Uma delas está internada em estado grave porque levou facadas nas costas e teve o pulmão perfurado.
Em nota, a Secretaria de Educação de São Paulo informou que as servidoras feridas foram encaminhadas para hospitais da região pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). O órgão reforçou que não havia alunos no local no momento do ataque e disse que as aulas do período matutino da escola foram suspensas na manhã de hoje. “A Seduc-SP lamenta o ocorrido e repudia toda forma de violência dentro ou fora da escola”, afirmou.