Veja dicas e cuidados para viajar com pets
Quem não abre mão de levar os pets nas viagens precisa tomar algumas precauções
Final de ano é época de festas, férias e viagens em família. E esse é um período para recuperar as energias do trabalho e sair da rotina. Para quem tem cães e gatos e não abre mão de passar momentos especiais com seus bichinhos, é importante tomar atenção a detalhes para garantir que o trajeto seja seguro para os animais e despreocupante para os tutores.
O médico veterinário, Thiago Bastos, alerta para os principais pontos para planejar um passeio. “Antes de viajar, é muito importante levar seu pet ao veterinário para realizar um check-up e verificar se ele está apto para a viagem. Essa aptidão será comprovada por meio de um atestado sanitário emitido pelo veterinário, além de verificar se a vacinação está em dia, especialmente as antivirais múltiplas (V8 ou V10, por exemplo), antirrábica e antigripal”, aponta o especialista.
Segundo Thiago, outra recomendação é conferir se o controle antiparasitário também foi realizado, ou seja, vermifugado e tratado contra pulgas e carrapatos. Em viagens interestaduais, os tutores devem ter em mãos o atestado sanitário do seu pet, certificando que o animal está em boas condições de saúde e atende às medidas definidas pelos órgãos públicos, além da carteira de vacinação.
“A documentação é imprescindível até mesmo para trajetos feitos em veículo próprio. Em caso de viagem internacional, as exigências são ainda maiores. O comprovante de microchipagem, por exemplo, torna-se necessário. Muitas doenças são evitadas quando há o transporte de animais acompanhados por um atestado sanitário emitido por um Médico Veterinário”, detalha.
Caixa de Transporte
A caixa de transporte, além de ser uma exigência em companhias rodoviárias e aéreas, torna a viagem de carro mais segura para o pet. “Opte por adquirir uma caixa de transporte confortável. O Código de Trânsito Brasileiro não permite que animais fiquem entre as pernas do passageiro ou nos bancos de veículos, assim como em caçambas de pick-ups e caminhonetes”, detalha Bastos.
Nas viagens de carro, o ideal, segundo o médico-veterinário, é que o pet já esteja acostumado e isso deve ser introduzido desde filhote, com pequenos deslocamentos, como visitas ao veterinário, pet shops, passeios na cidade ou para lugares mais próximos nos finais de semana.
Se o tutor tiver um gato, a viagem só será uma boa ideia se ele estiver condicionado e gostar de acompanhar, caso contrário, é melhor deixar o felino em casa, aos cuidados de alguém. “O gato pode ficar em casa se tiver alguém que cuide dele e faça a assistência diariamente. No caso dos filhotes, eles não devem ficar sozinhos nem por curtos períodos”, destaca Thiago.
Caso o pet apresente algum desconforto durante o trajeto, o recomendado é procurar orientação do médico-veterinário de confiança por telefone e, se necessário, dirigir até o hospital veterinário mais próximo.
O médico indica, também, que o trajeto deve conter paradas planejadas, para que os seus bichinhos possam fazer suas necessidades (urinar e defecar) e tomar água. Segundo ele, o ideal é que os animais parem de se alimentar 3 horas antes da partida.
Com a movimentação do carro ou do avião, ele pode sentir enjoos e sofrer alteração no sistema digestivo. “A orientação é que a alimentação não seja exagerada para que o animal não sinta enjoos, o ambiente deve estar devidamente climatizado. Por fim, o uso de medicamentos que acalmem os pets só pode ser usado após avaliação veterinária. Cada medicamento tem suas vantagens e desvantagens. Seu uso jamais deve ser banalizado”, finaliza.