A Síndrome do Olho Seco, conhecida clinicamente como ceratoconjuntivite sicca, é uma condição ocular que resulta na redução da produção de lágrimas, provocando desconforto e distúrbios visuais. Essa síndrome, que afeta tanto homens quanto mulheres, é particularmente comum entre as mulheres acimados 40 anos, especialmente devido a fatores relacionados ao envelhecimento e a alterações hormonais.

O diagnóstico da Síndrome do Olho Seco deve ser realizado por um oftalmologista, que irá avaliar a gravidade da condição e recomendar o tratamento adequado.Pacientes relatam sintomas como olhos vermelhos, coceira, queimação e visão borrada. A intervenção precoce é crucial para evitar sequelas permanentes na visão.

Na questão do envelhecimento, a partir dos 65 anos, a produção de lágrimas pode ser reduzida em até 60% em comparação com pessoas mais jovens. Esse declínio natural na produção lacrimal aumenta a suscetibilidade a sintomas de olho seco e desconforto ocular. Os fatores ambientais também não podem ser ignorados. A exposição prolongada a condições adversas, como raios solares intensos,vento forte, ambientes com ar condicionado e ouso excessivo de dispositivos eletrônicos, são verdadeiros gatilhos para o agravamento da síndrome.

A modernidade, com suas telas e dispositivos, contribui para que as pessoas pisquem menos, o que agrava a secura ocular. Medicamentos como antidepressivos e anti-histamínicos, podem impactar negativamente na produção lacrimal, resultando em uma sensação de desconforto e irritação nos olhos. Doenças preexistentes, como alergias, lúpus eritematosos, síndrome de Sjögren e outras enfermidades oftalmológicas podem aumentar a predisposição a  desenvolver a síndrome.

Os sintomas mais comuns incluem olhos vermelhos e irritados, coceira, queimação, e a sensação de um corpo estranho nos olhos. Os pacientes relatam visão borrada, lacrimejamento excessivo e desconforto durante atividades visuais prolongadas, como leitura ou uso de computadores.

Tratamento

Para aliviar os sintomas da síndrome, oftalmologistas prescrevem colírios hidratantes, conhecidos como lágrimas artificiais. A recomendação é a aplicação regular dos colírios,juntamente com compressas mornas nos olhos para reduzir o desconforto. Caso a utilização de colírios não seja o suficiente é necessário utilizar anti-inflamatórios, antibióticos, entre outros, para um eficaz controle da doença.

Em determinadas situações, a oclusão dos pontos lacrimais é útil, evitando a drenagem das lágrimas pelas vias lacrimais, permitindo a sua manutenção na superfície ocular. Durante períodos agudos da condição, é aconselhável limitar a exposição a telas e ambientes que possam agravar os sintomas. É essencial investigar as causas subjacentes da síndrome, pois frequentemente está associada a outras condições que necessitam de tratamento.