A China revelou um programa de ciência espacial a médio e longo prazo, que orientará suas atividades de exploração e pesquisa espacial de 2024 a 2050. A iniciativa, desenvolvida pela Academia Chinesa de Ciências em colaboração com a Administração Espacial Nacional da China e a Agência Espacial Tripulada da China, estabelece uma estratégia clara para as próximas décadas. Com foco em 17 áreas-chave dentro de cinco temas científicos principais, o roteiro do programa será implementado em três fases, com mais de 30 missões espaciais planejadas.

Entre os temas principais está o estudo do “Universo Extremo”, voltado para a investigação da origem e evolução do universo, além da análise de fenômenos sob condições cósmicas extremas. Esse campo também dará atenção especial à matéria escura e à detecção de matéria bariônica cósmica, contribuindo para uma maior compreensão dos mistérios do cosmos.

Outro tema destacado é “Ondas do Espaço-Tempo”, que se concentrará na detecção de ondas gravitacionais de frequências médias e baixas, incluindo ondas gravitacionais primordiais. A pesquisa visa ampliar o conhecimento sobre a gravidade e o espaço-tempo, oferecendo uma visão mais aprofundada das leis que regem o universo.

O “Panorama Sol-Terra” é outro tema de destaque, focado em estudar as interações entre o Sol e a Terra. As pesquisas abordarão os ciclos terrestres, o ambiente Terra-Lua, o clima espacial e a observação do Sol, com o objetivo de compreender melhor as dinâmicas do nosso sistema solar.

No campo da astrobiologia, o tema “Planetas Habitáveis” buscará explorar a habitabilidade de corpos celestes e exoplanetas, investigando a presença de vida extraterrestre e estudando atmosferas planetárias. Os cientistas também se concentrarão na evolução do Sistema Solar e na detecção de exoplanetas que possam abrigar vida.

Por fim, o tema “Ciências Biológicas e Físicas no Espaço” terá como objetivo desvendar as leis da matéria e da vida em ambientes espaciais, por meio de pesquisas em microgravidade, mecânica quântica e biologia espacial.

Com um plano estruturado em três fases, o ambicioso programa chinês está preparado para lançar mais de 30 missões científicas, consolidando o país como uma das potências globais na exploração espacial e no avanço do conhecimento científico sobre o universo.