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sábado, 23 de novembro de 2024
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Sucessão de Lira

Bancada goiana articula apoio para eleição na Câmara dos Deputados

Hugo Motta (Republicanos-PB), Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Antônio Brito (PSD-BA), são os candidatos para suceder Arthur Lira

Postado em 29 de outubro de 2024 por Bruno Goulart
Bancada goiana articula apoio para eleição na Câmara Federal
Foto: Agência Brasil

A corrida pela presidência da Câmara dos Deputados, marcada para 3 de fevereiro de 2025, já mobiliza a bancada goiana em articulações que buscam eleger um presidente alinhado aos seus interesses.

Nesta terça-feira (29), o atual presidente Arthur Lira (PP) oficializou apoio ao deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), destacando sua experiência e compromisso com a governabilidade. Com isso, Motta desponta como o herdeiro natural da base e estrutura estabelecidas por Lira ao longo de seu mandato.

Do lado oposto, outros nomes começam a ser ventilados por parlamentares do União Brasil (UB) e do PSD, que apostam na formação de uma frente alternativa a Motta.

Leia mais: Parte da bancada goiana alheia a eleição da mesa diretora da Câmara; outra já delineia caminho

Entre os candidatos com potencial para desafiar o Republicanos estão Elmar Nascimento (UB) e Antônio Brito (PSD), figuras conhecidas por seu perfil conciliador e capacidade de diálogo tanto com a direita quanto com a esquerda.

Nos bastidores, comenta-se que uma aliança entre Nascimento e Brito está em análise para formar um bloco competitivo, capaz de rivalizar com a força de Hugo Motta.

Eleição na Câmara dos Deputados

O PT, com uma bancada significativa, ainda não decidiu quem apoiará, mas deve se reunir com Nascimento e Brito para discutir um possível acordo.

Representando os interesses petistas em Goiás, o deputado Rubens Otoni (PT) adiantou que o apoio de seu partido estará condicionado ao comprometimento dos candidatos com uma pauta republicana e de governabilidade.

Segundo Otoni, o PT busca um presidente que evite “pautas-bomba” que possam desestabilizar o governo, defendendo, ao invés disso, uma gestão pautada pela estabilidade política e pelo fortalecimento da representação proporcional nos principais espaços de poder da Câmara.

Bancada dividida

Internamente, a bancada goiana parece estar dividida. Enquanto Zacharias Calil (UB) apoia naturalmente seu colega de partido Elmar Nascimento, outros deputados, como Magda Mofatto (PL), permanecem cautelosos.

Mofatto, por exemplo, disse ao O Hoje, que espera uma definição do partido sobre quem deverá ser o candidato ideal e ressalta que as principais pautas para o próximo presidente devem incluir temas polêmicos, como a possível anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro e a habilitação de Jair Bolsonaro (PL) para concorrer à presidência em 2026.

Já o deputado José Nelto (UB) apoia Elmar Nascimento, mas mostra-se disposto a aliar-se ao PSD se necessário, buscando enfrentar o Republicanos.

Nelto defende que o próximo presidente da Câmara priorize reformas importantes, especialmente as do Judiciário e Eleitoral, com o objetivo de favorecer um ambiente legislativo mais justo e propício para o crescimento do empreendedorismo, pautas que têm ganhado apoio crescente no espectro político de direita.

Questionado pelo O Hoje sobre quem será seu candiadto, Ismael Alexandrino (PSD) adiantou: Antônio Brito, seu correligionário.

Para Alexandrino, Brito é um nome forte devido à sua experiência e capacidade de dialogar amplamente com diferentes correntes políticas, fator que ele acredita ser essencial para a construção de uma Câmara mais aberta e equilibrada.

A escolha do próximo presidente terá reflexos diretos tanto na governabilidade do presidente Lula quanto na capacidade de articulação política dos parlamentares. Na avaliação de analistas, essa eleição representa uma prévia do cenário político de 2026, revelando o posicionamento e as prioridades da bancada goiana nas pautas mais conservadoras.

No entanto, a ausência de consenso interno entre os parlamentares de Goiás pode comprometer a influência do estado no processo. Por ora, a bancada segue dividida, e a decisão final sobre quem representará Goiás na corrida pela liderança da Câmara ainda é incerta.

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