Inep se pronuncia sobre expulsão de adolescente diabético durante o Enem
Adolescente diabético foi eliminado do Enem após alarme de glicose disparar.
Na última terça-feira (5), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) se pronunciou sobre um episódio ocorrido no domingo (3), em Sobradinho, no Rio Grande do Sul. O caso envolveu a eliminação de um adolescente diabético durante a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), depois que o sensor de glicemia do jovem disparou, o que resultou em sua expulsão da sala de provas.
Segundo a Inep, o uso de dispositivos para monitoramento de glicose, como o sensor conectado ao celular do estudante, é permitido para candidatos que informaram ter diabetes no momento da inscrição. No entanto, o Inep esclareceu que esses dispositivos devem ser guardados em um envelope porta-objetos e utilizados apenas quando necessário.
A nota também lembrou que, se algum candidato se sentir prejudicado durante a aplicação do exame, ele pode solicitar uma reaplicação, prevista para os dias 10 e 11 de dezembro.
Em postagens nas redes sociais, o pai do jovem explicou que o celular, conectado ao sensor de glicose, foi apreendido pelo fiscal da prova. Quando o alarme disparou, o estudante foi eliminado por supostamente “perturbar os outros participantes”, sendo orientado a deixar a escola onde realizava o exame. A situação gerou discussões sobre a acessibilidade do Enem para pessoas com necessidades especiais.
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O advogado Bruno Rodarte, especialista em Direito Administrativo, sugeriu que o estudante poderia buscar reparação por dano moral devido à exposição indevida. Ele destacou que é fundamental analisar os detalhes do incidente, como a justificativa para a expulsão e a documentação médica que atestava a necessidade do tratamento especial. O Inep ainda não forneceu novos esclarecimentos sobre o caso, que continua sob investigação.