Entenda por que empresário era jurado de morte pelo PCC
Crime envolve morte dos chefes do PCC
O empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, de 38 anos, era jurado de morte pelo PCC. Ele foi morto na tarde desta sexta-feira (8/11) em um ataque a tiros no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Gritzbach estava sob uma sentença de morte pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) devido a disputas financeiras e assassinatos supostamente encomendados contra membros da facção.
Empresário era jurado de morte pelo PCC
Segundo informações do Ministério Público de São Paulo (MPSP), Gritzbach devia cerca de R$ 2 bilhões ao PCC, valor que teria sido desviado de operações da facção ligadas ao tráfico internacional de drogas. Além da dívida, ele era acusado de mandar assassinar dois integrantes do PCC em 2021. A motivação para esses crimes envolvia negócios do empresário no setor de criptomoedas, incluindo transações com bitcoins.
De acordo com o MPSP, Gritzbach teria orquestrado a morte de Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como “Cara Preta”, e de Antônio Corona Neto, apelidado de “Sem Sangue”, que era motorista de Anselmo. Esses assassinatos teriam sido executados com a colaboração do agente penitenciário David Moreira da Silva e por Noé Alves Schaum, apontado como o responsável direto pelas execuções. Schaum foi morto pouco tempo depois, em 16 de janeiro de 2022.
Gritzbach esteve preso até 7 de junho de 2023, quando obteve liberdade condicional e passou a usar tornozeleira eletrônica. Contudo, a liberdade não o afastou das ameaças do PCC. A princípio, o empresário buscava manter um acordo de delação premiada, homologado em segredo de Justiça, com o objetivo de colaborar com as investigações e reduzir possíveis penas. Entretanto, as disputas com a facção permaneceram.