G20: reunião irá decidir sobre taxação dos super-ricos
Proposta é principal tema da presidência brasileira no grupo
Na próxima semana, a cúpula do G20 discutirá a principal proposta do Brasil enquanto presidente do grupo. Os líderes das 19 maiores economias, juntamente com a União Europeia e a União Africana, vão debater a possibilidade de taxar os super-ricos como uma medida para financiar o combate à desigualdade e as mudanças climáticas.
A proposta foi apresentada pelo Brasil em fevereiro, durante o encontro dos ministros de Finanças e presidentes dos bancos centrais do G20, em São Paulo. Classificada como “ambiciosa” pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a iniciativa sugere um imposto mínimo de 2% sobre a renda dos bilionários, podendo gerar entre US$ 200 bilhões e US$ 250 bilhões anuais, de acordo com o economista francês Gabriel Zucman, um dos seus autores.
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Gabriel Zucman estima que a taxação impactaria apenas cerca de 3 mil pessoas em todo o mundo, com aproximadamente 100 delas situadas na América Latina. O imposto, segundo cálculos, poderia arrecadar até US$ 250 bilhões por ano.
Além disso, um estudo da Oxfam, divulgado pouco antes da reunião de fevereiro, revelou que impostos sobre riqueza arrecadam quatro vezes menos que os tributos sobre consumo globalmente, o que reforça o argumento a favor da nova taxação sobre os mais ricos.
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