Naturismo alemão enfrenta desafios com redes sociais e culto ao corpo perfeito
Tradição do nudismo alemão busca sobreviver em meio a novas pressões culturais
Desafios para o naturismo na Alemanha
O movimento naturista alemão, conhecido como Freikörperkultur (FKK) ou “cultura do corpo livre,” enfrenta novos desafios no cenário atual. Apesar de ter sobrevivido a regimes como o nazismo e o comunismo, a prática de nudismo na Alemanha está em declínio, e um dos motivos é a popularização das redes sociais, como Instagram e TikTok, que exaltam o “corpo perfeito”. Muitos nudistas temem que sua imagem seja registrada e divulgada sem consentimento. Em meio a isso, a associação Deutscher Verband für Freikörperkultur (DFK), representante dos adeptos, celebra em 2024 seus 75 anos, mas relata que o número de sócios caiu pela metade nos últimos 25 anos.
Tradição e valorização do corpo natural
Com raízes no final do século 19, o movimento naturista surgiu como reação à industrialização e ao estilo de vida urbano, valorizando a exposição ao ar livre e uma conexão natural com o corpo. Para os praticantes, o nudismo promove uma visão saudável sobre o corpo real e autêntico, eliminando preocupações com estereótipos estéticos. No entanto, a “cultura do corpo perfeito” das redes sociais e o medo de ter fotos compartilhadas sem permissão estão afetando a adesão ao movimento. Mesmo assim, Alfred Sigloch, presidente da DFK, permanece firme em defender essa tradição cultural, com o objetivo de preservar e revitalizar o naturismo no país.
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