Dólar sobe a R$ 5,81 com possível guerra mundial e corte de gastos públicos
Alta de 0,75%
O dólar encerrou esta quinta-feira (21/11) cotado a R$ 5,81, com alta de 0,75%. O movimento reflete a expectativa do mercado sobre o pacote fiscal do governo federal e o agravamento do conflito entre Rússia e Ucrânia. A cotação também acompanha a pressão sobre os preços internacionais do petróleo.
Nesta tarde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir o corte no orçamento federal. A expectativa é que o anúncio seja feito em breve, com o objetivo de alinhar as despesas às metas fiscais de 2024 e 2025. A proposta busca alcançar déficit zero, ou seja, equilíbrio entre receitas e despesas públicas.
Bloqueios e arrecadação interferindo no dólar
Nesta quinta-feira, o chefe da Casa Civil, Rui Costa, informou que o governo federal fará um bloqueio adicional de R$ 5 bilhões no orçamento de 2024. Atualmente, a União já mantém R$ 13,3 bilhões bloqueados. O mecanismo faz parte do arcabouço fiscal, que impõe limites às despesas do governo para garantir o controle das contas públicas.
Dados divulgados pela Receita Federal mostram que a arrecadação federal em outubro de 2024 atingiu R$ 247,92 bilhões. O resultado representa um crescimento real de 9,77% em relação ao mesmo mês de 2023, quando foram recolhidos R$ 225,86 bilhões. Este é o maior valor registrado para outubro desde o início da série histórica, em 1995.
Tensão internacional
O cenário global também influenciou o mercado financeiro. A Rússia lançou nesta quinta-feira um míssil balístico intercontinental contra a Ucrânia, segundo a Força Aérea ucraniana. O ataque, que marca o uso de um armamento de longo alcance com capacidade nuclear, intensifica a guerra iniciada em 2022 e aumenta as incertezas econômicas globais.
Enquanto isso, o índice Ibovespa recuava 0,66% às 17h, registrando 127.348 pontos.