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sábado, 23 de novembro de 2024
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Pós-eleição

A busca dos prefeitos por recursos para 2025 

Em cenário de cortes, municípios, que dependem de parcerias com os governos para financiar obras enfrentam cenário de incertezas para os próximos anos

Postado em 22 de novembro de 2024 por Felipe Cardoso
Foto Reprodução
Foto Reprodução

Nos bastidores da política goiana, a sensação de urgência paira sobre os novos gestores municipais, que estão cada vez mais preocupados com o início de seus mandatos em 2025. 

Os municípios, que dependem de parcerias com os governos estaduais e federal para financiar obras em diferentes setores, enfrentam incertezas sobre recursos e parcerias para os próximos quatro anos. Para antecipar essa discussão, diversos nomes da política local têm se empenhado em estabelecer compromissos o quanto antes.

Após as eleições de outubro, os futuros líderes estão percorrendo os corredores de Brasília para firmar parcerias para 2025. O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel, é um exemplo. Ele está presente nos principais espaços de decisão e poder em Goiânia, Goiás e Brasília, buscando estabelecer parcerias para um governo que entregue resultados já nos primeiros meses de gestão.

O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), por exemplo, já transita nos diferentes espaços de decisão e poder de Goiânia, de Goiás e de Brasília com a mesma energia e empenho prometido para 2025. Ele tem tentado firmar parcerias na intenção de ter um governo de mais entregas e menos propostas já nos primeiros meses de gestão. 

Para além de um trabalho intenso neste período de transição, na próxima terça-feira, 26, por exemplo, Mabel estará na capital federal para uma conversa com os integrantes da bancada goiana na Câmara dos Deputados e Senado Federal. A ideia é dialogar sobre a elaboração de emendas parlamentares previstas para o ano que vem. 

Leia mais: Goiás deve mudar a composição de prefeitos por partido já em 2025

Em entrevista ao jornal O Popular, Mabel disse que a intenção é tratar a questão do orçamento a partir das reivindicações da capital “em todas as áreas”. Dentre as obras que pretendem ser alcançadas por meio dos recursos, ele cita a construção do anel viário, a canalização de córregos,  a construção de pontes, além da ampliação da oferta de vagas em CMEIs. 

Na semana passada, outro que transitou pelos corredores de Brasília foi o prefeito reeleito Senador Canedo, Fernando Pellozo (UB). Mas nem só em Brasília os recursos e parcerias são buscadas. As alianças com o Governo de Goiás também são capazes de garantir parte significativa das promessas dos até então candidatos às prefeituras locais. 

Recentemente, o prefeito eleito em Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela, disse em entrevista à imprensa que propôs fazer com o governador Ronaldo Caiado, o vice-governador Daniel Vilela, a primeira-dama  Gracinha Caiado, e com toda a equipe de secretários do governo estadual “uma parceira fina e estreita  para que todos os programas possam chegar e atender a cidade e a população para melhorar a qualidade de vida das pessoas.”, destacou. 

Segundo ele, a cidade ainda tem algumas necessidades fortes na infraestrutura, como pavimentação de ruas, construção de galerias pluviais e moradias populares.

Corte de gastos

As movimentações em busca de recursos se justificam, em partes, pela preocupação dos gestores goianos acerca de um corte de gastos promovido pela União. Na última quinta, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, informou que o governo federal deve concluir o pacote de corte de gastos até sexta-feira (22). Ele afirmou que as “principais diretrizes já foram dadas” pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Estamos, neste momento, na fase de botar no papel e detalhar as diretrizes e conceitos que foram referendados pelo presidente Lula”, declarou Rui Costa. Ele garantiu que o governo decidiu preservar os investimentos em saúde e educação, mantendo essas áreas prioritárias. Apesar disso, outras áreas importantes da administração pública já estimam impactos. 

O ministro também adiantou que a Junta de Execução deverá anunciar um bloqueio orçamentário de cerca de R$ 5 bilhões para 2024. Segundo Haddad, o pacote total de cortes deve alcançar R$ 70 bilhões, sendo R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026, conforme informado à cúpula do Congresso.

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