Cientistas descobrem nova espécie humana, com dentes e crânios gigantes, extinta há 200 mil anos
Fósseis revelam os denominados “Homo Juluensis”, grupo com crânios grandes e dentes impressionantes
Já imaginou descobrir uma nova peça no quebra-cabeça da evolução humana? Foi exatamente isso que cientistas revelaram ao anunciar o Homo Juluensis, uma espécie extinta há cerca de 200 mil anos. Os restos mortais de 16 indivíduos, encontrados na China, apresentavam traços únicos: cabeças maiores que as dos neandertais e Homo sapiens, além de dentes surpreendentemente grandes.
Os fósseis, acompanhados por ferramentas de pedra e ossos de animais, contaram histórias fascinantes sobre os hábitos do Homo juluensis. Eles eram caçadores organizados, que abatavam cavalos selvagens em grupo e utilizavam tudo o que o animal oferecia: carne para alimentação, medula e cartilagens, além de peles para confeccionar roupas. Essas adaptações eram fundamentais para sobreviver aos climas gelados da época.
A conexão com outras espécies
Os cientistas também analisaram semelhanças entre o Homo juluensis e outras espécies, como os denisovanos, conhecidos por seus molares grandes e vestígios descobertos na Sibéria em 2008. Comparações detalhadas dos dentes revelaram características quase idênticas, sugerindo que os denisovanos podem, na verdade, ser parte da mesma linhagem.
No entanto, o Homo juluensis tinha crânios ainda maiores, embora, segundo o pesquisador Christopher Bae, isso não signifique que fossem mais inteligentes que os humanos modernos.
Extinção e mudanças climáticas
A espécie viveu durante o período glacial do Quaternário Tardio, enfrentando frio extremo e períodos de seca. Esses eventos climáticos, aliados ao pequeno tamanho populacional, tornaram o Homo juluensis vulnerável à extinção. Para completar, a chegada dos humanos modernos há cerca de 120 mil anos trouxe competição e misturas genéticas, selando o destino desse grupo.
Redefinindo a história da evolução
Os fósseis revelaram algo mais profundo: a diversidade de hominídeos na Ásia era muito maior do que se imaginava. “Esses achados nos obrigam a repensar nossos modelos evolutivos”, explicou Bae, destacando o impacto das novas descobertas sobre cruzamentos genéticos e coexistência entre diferentes linhagens humanas.
As ferramentas, os fósseis e as histórias que carregam continuam a pintar um quadro mais rico da história humana — cheio de surpresas que nos aproximam das origens do que somos hoje.
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