Bernie Ecclestone venderá sua coleção de 69 carros históricos da F1
Ao invés de optar por leilões, Ecclestone escolheu vender a coleção através do renomado negociante de carros esportivos e de corrida Tom Hartley Jr
O ex-chefe da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, revelou sua decisão de vender sua coleção completa de carros, avaliada em “centenas de milhões” de dólares. A coleção, composta por 69 veículos, inclui modelos históricos como Ferraris pilotadas por campeões mundiais como Michael Schumacher e Niki Lauda.
Entre os destaques, estão o Ferrari 375 F1, que venceu o GP da Itália com Alberto Ascari, e o controverso Brabham BT46B, conhecido como “carro ventilador”, que foi banido após triunfar em sua única corrida na temporada.
A decisão de venda ocorre após Ecclestone admitir, no ano passado, ter cometido fraude por não declarar mais de 400 milhões de libras, cerca de R$ 3 bilhões, mantidos em um fundo em Singapura. Como parte de um acordo, ele aceitou pagar quase 653 milhões de libras, aproximadamente R$ 5 bilhões, à Receita Federal britânica e recebeu uma sentença de 17 meses de prisão, com pena suspensa por dois anos.
Em comunicado, o empresário de 94 anos declarou: “Amo todos os meus carros, mas chegou a hora de pensar no futuro deles, caso eu não esteja mais aqui. Decidi vendê-los para evitar que minha esposa tenha que lidar com isso no futuro.”
Ao invés de optar por leilões, Ecclestone escolheu vender a coleção através do renomado negociante de carros esportivos e de corrida Tom Hartley Jr, que descreveu o acervo como “a história da Fórmula 1”. Segundo Hartley, a coleção inclui carros avaliados na casa dos oito dígitos e é um marco único no mundo dos esportes motorizados.
Sobre sua trajetória, Ecclestone começou como piloto na década de 1950, antes de se tornar empresário de pilotos como Stuart Lewis-Evans e Jochen Rindt. Em 1971, ele adquiriu a equipe Brabham e, anos depois, transformou a Fórmula 1 em um dos esportes mais lucrativos do mundo ao assumir o controle comercial da categoria em 1987.