Khalil Haqqani, ex-ministro dos Refugiados do Talibã, foi assassinado nesta quarta-feira (11) em um ataque terrorista ocorrido em Cabul, capital do Afeganistão. O Talibã responsabilizou o Estado Islâmico (ISIS) pelo atentado, utilizando o termo “Khawarij” para se referir ao grupo, expressão frequentemente usada pela organização para descrever o ISIS de forma depreciativa.

“Com profundo pesar, recebemos a notícia do martírio do ministro dos Refugiados do Emirado Islâmico, Al-Haj Khalil-Ur-Rahman Haqqani, tragicamente morto em um ataque covarde realizado pelos Khawarij”, declarou o governo do Afeganistão em um comunicado oficial.

Nomeado ministro em 2021, logo após o Talibã retomar o controle do Afeganistão, Khalil Haqqani era uma figura influente dentro do governo interino e tio de Sirajuddin Haqqani, atual ministro dos Assuntos Internos. Sirajuddin é apontado como líder da Rede Haqqani (HQN), conhecida por uma série de atentados violentos durante as décadas de conflito no país.

Os Estados Unidos classificavam Khalil Haqqani como um líder sênior da HQN e ofereciam uma recompensa de US$ 5 milhões por informações que levassem à sua captura. Apesar disso, ele ocupava um cargo de destaque no governo nos últimos quatro anos.

Embora tenha sido acusado o ISIS pelo atentado, o grupo não reivindicou o ataque até o momento, e nenhuma outra organização se manifestou.

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