O motorista da carreta suspeita de causar o acidente que resultou na morte de 41 pessoas na BR-116, em Teófilo Otoni, Minas Gerais, se apresentou à polícia na manhã desta segunda-feira (23). Ele estava acompanhado de advogados e era considerado foragido desde a madrugada de sábado (21), quando a tragédia ocorreu. Segundo a Polícia Civil, o condutor tem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa por embriaguez ao volante.

Acidente em Minas Gerais

O acidente envolveu três veículos e ocorreu no quilômetro 286 da rodovia, na localidade de Laranjinha. A Polícia Civil trabalha com duas hipóteses principais para o desastre. A primeira aponta que um pneu do ônibus teria estourado, causando a perda de controle do veículo. A segunda sugere que a pedra de granito transportada pela carreta teria se soltado, atingindo o ônibus de maneira fatal.

Durante coletiva de imprensa realizada no domingo (22), o delegado Saulo Castro, da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), afirmou que a principal linha de investigação é o desprendimento da pedra transportada pela carreta. O excesso de peso da carga, identificado por meio de notas fiscais, é um dos fatores em análise. O caminhão fazia o trajeto do Ceará ao Espírito Santo quando ocorreu o acidente.

Entre as vítimas, 14 corpos já foram identificados, de acordo com a PCMG. Cinco deles foram liberados para os familiares. Os três ocupantes do carro de passeio envolvido na colisão sobreviveram. Os corpos foram levados ao Posto Médico-Legal de Teófilo Otoni, onde passam por exames. Equipes do Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte foram deslocadas para reforçar os trabalhos de identificação.

O acidente é o mais letal registrado nas rodovias federais desde o início das estatísticas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em 2008. Outros acidentes graves incluem o ocorrido em Nova Itarana (BA), em 2011, que deixou 33 mortos, e o de Descanso (SC), também em 2011, com 26 vítimas fatais.