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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Tecnologia

Goiás avança na vigilância epidemiológica com o monitoramento de águas residuais

O projeto RT-LAMP une biologia molecular e inteligência computacional, elevando as iniciativas de combate a doenças infecciosas no estado a um novo patamar

Postado em 26 de dezembro de 2024 por Letícia Leite
Professora Elisângela Lacerda, coordenadora do projeto RT-LAMP na UFG, que utiliza águas residuais para monitorar e prevenir doenças transmitidas pelo Aedes aegypti em Goiás. Foto: Fábio Lima

O Governo de Goiás, através da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapeg), está aprimorando a vigilância epidemiológica com uma metodologia inovadora que envolve o uso de águas residuais para o monitoramento de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya.

Com um financiamento de R$ 200 mil da Fapeg, o projeto RT-LAMP, desenvolvido pela Universidade Federal de Goiás (UFG), une biologia molecular e inteligência computacional, elevando as iniciativas de combate a doenças infecciosas no estado a um novo patamar.

Sob a coordenação da professora Elisângela Lacerda, do Instituto de Ciências Biológicas da UFG, a pesquisa utiliza a técnica de epidemiologia baseada em águas residuais (WBE), que permite a detecção em tempo real de vírus em amostras de esgoto coletadas na Estação de Tratamento Dr. Hélio Seixo de Britto, em Goiânia.

Com isso, é possível identificar precocemente a circulação de patógenos antes do surgimento de casos clínicos, permitindo que as autoridades implementem ações preventivas de forma ágil e eficaz.

A pesquisadora ressaltou que o recurso da Fapeg viabilizou a aquisição de equipamentos, reagentes e insumos indispensáveis, além de possibilitar o desenvolvimento do aplicativo pySewage, capaz de estimar o número de infectados a partir de dados moleculares.

“Com a ferramenta computacional, conseguimos prever o número de infectados e oferecer dados robustos para reforçar a vigilância epidemiológica tradicional, reduzindo o risco de surtos e epidemias”, afirma Elisângela.

O presidente da Fapeg, Marcos Arriel, destacou a relevância do fomento a pesquisas voltadas ao bem comum.

“Investir em ciência e tecnologia é essencial para enfrentarmos os desafios de saúde pública de forma inovadora. Essa pesquisa mostra como o apoio governamental transforma ideias em soluções que protegem vidas, reforçando o compromisso de Goiás com a ciência a serviço da sociedade”, afirmou.

Os pesquisadores aguardam a publicação do estudo em uma das principais revistas científicas do mundo, a Science of The Total Environment.

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