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quinta-feira, 9 de janeiro de 2025
Quatro anos depois

Zuckerberg, o mesmo que baniu Trump agora se alinha ao presidente americano

Dono da Meta, após invasão ao Capitólio, baniu Donald Trump de suas redes por incitação ao ódio, no entanto, agora quer trabalhar com o republicano

Postado em 9 de janeiro de 2025 por Bruno Goulart
Zuckerberg, o mesmo que baniu Trump agora se alinha ao presidente americano
Foto: Wikimedia Commons

Em 7 janeiro de 2021, após a invasão do Capitólio por apoiadores de Donald Trump, Mark Zuckerberg, presidente da Meta, tomou uma postura firme contra o então presidente. Ele baniu Trump do Facebook e Instagram, alegando que o republicano usava as plataformas para incitar a violência contra o governo de Joe Biden, democraticamente eleito.

No entanto, exatamente quatro anos depois, em 7 de janeiro de 2025, a postura de Zuckerberg mudou drasticamente. Com a volta de Trump à Casa Branca, o presidente da Meta anunciou novas regras de moderação de conteúdo e afirmou que a Meta trabalharia com o novo presidente para resistir à pressão por mais censura e à perseguição a empresas norte-americanas. Assim, está evidente que o mesmo que baniu Trump antes, agora se alinha ao discurso do futuro presidente americano.

Leia mais: Decisão da Meta em pôr fim a checagem de fatos divide opiniões entre parlamentares goianos

Mudanças

Zuckerberg também anuncio mudanças no que tange a moderação de conteúdo. Em vez de manter o sistema de verificação de fatos, que até então havia sido um pilar na Meta, Zuckerberg decidiu encerrar esse programa.

Ele afirmou que os verificadores de fatos haviam se mostrado parciais politicamente e, segundo ele, tinham prejudicado mais a confiança do público do que ajudado a combatê-la. Essa decisão coloca a Meta alinhada com empresas como o X, de Elon Musk, que já adotavam uma abordagem mais flexível em relação à moderação.

Zuckerberg também criticou o que chamou de “censura institucionalizada” na Europa e apontou para o que parecia ser um recado ao Supremo Tribunal Federal do Brasil, mencionando “tribunais secretos” na América Latina, que ordenam a remoção de conteúdos das plataformas.

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