Ministro relaciona crime organizado a ataques ao MST
O episódio resultou em duas mortes e seis feridos, gerando grande comoção e repercussão nacional
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou na noite do último sábado (11) que o ataque ao assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, foi atribuído ao crime organizado. O episódio resultou em duas mortes e seis feridos, gerando grande comoção e repercussão nacional.
“Um dos lotes virou uma cobiça do crime organizado, que queria aquele lote para si, e na supervisão ocupacional colocou aquele lote para ser usado por uma agricultora, e eles, então, queriam utilizar aquilo para prática de crimes”, afirmou o ministro em entrevista à CNN.
Teixeira mencionou não ter conhecimento prévio sobre as ameaças, apesar de citar uma carta recebida de Valdir do Nascimento, conhecido como Valdirzão, um dos líderes do MST assassinados na ocasião. Segundo o ministro, a mensagem demonstrava entusiasmo com a supervisão ocupacional, sem mencionar qualquer preocupação relacionada a riscos iminentes.
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“Tenho manifestações escritas desse líder, Valdirzão, que estava muito feliz pela supervisão ocupacional. Ele até diz: ‘Todos os nossos assentados estão dentro de seus lotes’. Não tínhamos conhecimento de ameaça. Temos um sistema, que toda liderança que é ameaçada, a gente aciona a Polícia Federal, aciona as polícias estaduais e todos os programas de proteção”, acrescentou Teixeira.
O ataque vitimou fatalmente Gleison Barbosa, de 28 anos, e Valdir do Nascimento, de 52. Inicialmente, o MST informou a morte de três pessoas, mas posteriormente corrigiu a informação, confirmando duas vítimas fatais. Outras seis pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas para o Hospital Regional de Taubaté e o Pronto-Socorro de Tremembé, recebendo atendimento médico após o ocorrido.