Os furtos de energia elétrica em Goiás têm se tornado cada vez mais frequentes, afetando todas as classes sociais e envolvendo tanto pessoas físicas quanto jurídicas. Entretanto, os casos que mais repercutem são frequentemente ligados a empresas, devido à grande magnitude do consumo envolvido e às consequências para a distribuição elétrica.

Um exemplo notável é o de um bar localizado no Setor Marista, em Goiânia, flagrado em 2024 furtando energia. A irregularidade resultou em frequentes interrupções no fornecimento para a região, afetando dezenas de residências e comércios. A unidade deveria pagar cerca de R$ 18 mil mensais na conta de energia, mas, com a fraude, desembolsava apenas R$ 2,3 mil. 

Outro caso que gerou grande repercussão ocorreu em Águas Lindas de Goiás, onde um proprietário de pesque-pague utilizava uma ligação clandestina que atravessava uma estrada de terra, colocando pedestres e motoristas em risco. O prejuízo estimado foi de R$ 58 mil.

Não menos alarmante foi o flagrante de furto de energia em uma indústria de cerâmicas em Trindade. Apesar da ligação irregular evidente, o proprietário negou a prática de “gato”. Em todos esses casos, os responsáveis foram presos em flagrante, mas liberados após pagamento de fianças.

O combate ao furto de energia, liderado pela Equatorial Goiás, ganhou força em 2024, com a realização de 290 operações de fiscalização, um aumento de 95% em comparação ao ano anterior. Essas ações resultaram em 158 prisões, demonstrando o compromisso da distribuidora em combater práticas que afetam a confiabilidade do sistema elétrico e colocam vidas em perigo.

“A prioridade é garantir um fornecimento seguro e justo para todos. Estamos investindo continuamente em tecnologias de última geração para monitorar o consumo e realizar inspeções direcionadas. Isso tem nos permitido ampliar a eficácia das operações e coibir práticas ilícitas de forma mais assertiva”, destaca Pabllo Barbosa, gerente de Serviço Técnico Comercial da Equatorial Goiás.

As cidades de Goiânia, Rio Verde, Aparecida, Anápolis e Águas Lindas concentraram a maioria das operações em 2024. Nessas áreas, além das fiscalizações, a Equatorial tem promovido campanhas educativas para conscientizar a população sobre os impactos negativos do furto de energia.

A relevância das denúncias feitas pela população como uma ferramenta crucial para a promoção da segurança e justiça.Cada informação recebida permite ações rápidas e eficazes, resultando em benefícios para toda a comunidade. 

Além disso, os furtos de energia causam prejuízos significativos tanto para a distribuidora quanto para os consumidores que pagam suas contas regularmente. De acordo com a Equatorial, essa prática ilegal sobrecarrega a rede, aumentando o risco de falhas e acidentes. É comparado a uma situação de condomínio em que alguns moradores não pagam suas despesas, fazendo com que o custo seja dividido entre os demais, penalizando aqueles que agem corretamente.

Além do impacto econômico, os furtos de energia colocam em risco a segurança da população. Um caso marcante foi o de um homem em Águas Lindas de Goiás, que morreu após sofrer uma descarga elétrica ao manipular fios clandestinos. Na mesma ocorrência, um cavalo e um cachorro também foram eletrocutados devido à irregularidade. A ligação clandestina, feita após o corte de fornecimento, desviava energia para uma segunda residência.

Em 2024, a Equatorial Goiás inspecionou 203 mil unidades consumidoras, identificando irregularidades em aproximadamente 80 mil delas. Dessas, 21 mil estavam relacionadas a ligações clandestinas, que foram regularizadas. O esforço permitiu a recuperação de 64,4 Gigawatt-hora (GWh) de energia, volume suficiente para abastecer Anápolis por mais de um mês.

De acordo com a equatorial A distribuidora também realiza inspeções periódicas nos medidores de energia dos clientes com o objetivo de assegurar a qualidade da medição. Em caso de suspeita de falha ou alteração no medidor de energia, o equipamento é retirado para avaliação no Laboratório de Calibração da companhia, que é certificado pelo Inmetro, tem acreditação ISO 17025 e é frequentemente auditado pela Aneel. Nesses casos o cliente pode acompanhar tanto a retirada do aparelho quanto sua análise laboratorial.

As ações conjuntas com as forças policiais resultaram em prisões e na responsabilização dos infratores. Apesar disso, a luta contra o furto de energia é um desafio constante. “Combater o furto de energia não é apenas uma questão financeira, mas também de segurança e justiça social”, conclui Johnathan Costa, Executivo corporativo Segurança Empresarial.

Além das ações de fiscalização, a Equatorial Goiás também investe em campanhas educativas que visam conscientizar a população sobre os prejuízos causados pelo furto de energia. Essas campanhas têm como objetivo mostrar que as práticas ilícitas afetam não apenas a questão financeira, mas também a segurança e a qualidade do fornecimento de energia para a comunidade.

A concessionária também pediu que a população continue colaborando, denunciando práticas suspeitas através dos canais de atendimento. Essas denúncias, segundo a empresa, são cruciais para manter um sistema elétrico mais seguro e confiável para todos.

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