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terça-feira, 28 de janeiro de 2025
Legítima defesa

Mulher que matou marido com facada é solta após alegar legítima defesa e relatar anos de agressão

Após anos de violência doméstica, mulher é liberada pela Justiça após alegar legítima defesa no caso da morte do marido em Taguatinga

Postado em 28 de janeiro de 2025 por Herbert Alencar
Foto Canva

Uma mulher de 44 anos, que matou o marido de 42 com um golpe de faca, no último domingo (26), na Colônia Agrícola 26 de Setembro, no Distrito Federal, teve a liberdade provisória concedida pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Após passar por audiência de custódia na segunda-feira (27), ela foi liberada para responder ao processo em liberdade.

A decisão foi tomada pela juíza do Tribunal do Júri de Taguatinga, que considerou que a mulher não possuía antecedentes criminais e era vítima de violência doméstica praticada pelo marido. A magistrada entendeu que não havia elementos suficientes para justificar a prisão preventiva da acusada.

Alegação de legítima defesa

Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a mulher afirmou que agiu em legítima defesa após ser agredida pelo marido. Segundo o relato, na manhã do crime, Carlos Roberto Santos a acordou com insultos como “puta”, “rapariga” e “prostituta”. Em seguida, ele teria arremessado um armário nela e tomado um cabo de vassoura que ela usava para se defender, passando a golpeá-la nas costas.

Diante das agressões, a mulher disse que pegou uma faca e desferiu um único golpe no lado direito do tórax de Carlos. Após a facada, o homem se sentou enquanto a mulher correu para a rua, pedindo ajuda aos vizinhos e solicitando uma ambulância.

Enquanto aguardava o socorro médico, a autora afirmou ter tentado fazer massagem cardíaca no marido, que, segundo ela, pediu que não o deixasse morrer. No entanto, quando a equipe de emergência chegou ao local, Carlos já estava sem vida.

Histórico de violência doméstica

A mulher revelou que conviveu com agressões durante os sete anos em que foi casada com Carlos. Ela relatou que era frequentemente vítima de socos, puxões de cabelo e xingamentos, especialmente em momentos de crise de ciúmes do companheiro.

O casal teve dois filhos, que já faleceram. As circunstâncias das mortes, no entanto, não foram detalhadas pelas autoridades ou pela acusada.

Decisão judicial

A decisão de conceder liberdade provisória à mulher foi embasada no histórico de violência doméstica relatado pela acusada e na ausência de antecedentes criminais. A juíza considerou que o contexto apresentado não configurava a necessidade de mantê-la presa durante o andamento do processo.

A mulher irá responder pelo crime em liberdade, enquanto a investigação segue conduzida pela PCDF, que busca esclarecer as circunstâncias do caso.

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