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terça-feira, 28 de janeiro de 2025
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Fim da humanidade

Relógio do Juízo Final avança e marca 89 segundos para a autodestruição do mundo

Metáfora do relógio indica que quanto mais próximo da meia noite, mais perto a humanidade está da autodestruição

Postado em 28 de janeiro de 2025 por Bruno Goulart
Relógio do Juízo Final avança e marca 89 segundos para a meia-noite
Foto: Kayla Bartkowski

Nesta terça-feira (28), o Bulletin of the Atomic Scientists anunciou que o Relógio do Juízo Final foi ajustado para 89 segundos antes da meia-noite, o mais próximo já registrado desde sua criação em 1947. Nos últimos dois anos, o relógio simbólico estava parado em 90 segundos, mas o agravamento de crises globais levou os cientistas a moverem os ponteiros para mais perto do “fim do mundo”.

Entre os fatores que influenciaram a decisão estão as ameaças nucleares relacionadas à guerra na Ucrânia, tensões geopolíticas em outras regiões, o uso militar de inteligência artificial e a falta de progresso no combate às mudanças climáticas. Daniel Holz, presidente do Conselho de Ciência e Segurança do Bulletin, destacou que, embora esses riscos não sejam novos, a humanidade tem falhado em enfrentá-los adequadamente. “Em muitos casos, a situação está piorando”, afirmou.

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No campo ambiental, 2024 foi confirmado como o ano mais quente já registrado, segundo a Organização Meteorológica Mundial da ONU. Apesar do crescimento significativo em energias renováveis, como eólica e solar, Holz ressaltou que os esforços globais ainda são insuficientes para evitar os piores impactos das mudanças climáticas. “O ajuste para 89 segundos é um alerta claro para os líderes mundiais”, acrescentou.

Relógio do Juízo Final

O Relógio do Juízo Final foi criado em 1947 como uma metáfora para representar o quão próxima a humanidade está da autodestruição. Desde então, os ponteiros já variaram de 17 minutos para a meia-noite, após o fim da Guerra Fria, até os atuais 89 segundos.

A decisão anual sobre o posicionamento do relógio é tomada por um grupo de cientistas e especialistas, incluindo 11 prêmios Nobel, que avaliam os riscos globais, desde armas de destruição em massa até colapsos ambientais e avanços tecnológicos perigosos.

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