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terça-feira, 4 de fevereiro de 2025
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Retaliação chinesa

China impõe restrições à exportação de minerais estratégicos em retaliação às tarifas dos EUA

Pequim responde às tarifas de Trump com controle sobre metais essenciais para tecnologia e defesa

Postado em 4 de fevereiro de 2025 por Herbert Alencar
China
Foto: Lance Cheung

Em uma resposta direta às recentes tarifas adicionais de 10% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos chineses, a China anunciou nesta terça-feira (4) restrições à exportação de cinco metais cruciais para os setores de defesa, energia limpa e tecnologia. A partir de agora, será necessária uma licença especial para exportar tungstênio, telúrio, bismuto, índio, molibdênio e seus derivados, conforme comunicado do Ministério do Comércio chinês.

Esses metais desempenham papéis fundamentais em diversas indústrias:

  • Tungstênio: Utilizado na fabricação de munições, componentes automotivos e aeroespaciais, além de ferramentas de corte.
  • Telúrio: Empregado em painéis solares e chips de memória.
  • Bismuto: Aplicado em soldas, ligas metálicas e produtos farmacêuticos.
  • Índio: Essencial para telas de dispositivos eletrônicos e tecnologia de fibra óptica.
  • Molibdênio: Usado para fortalecer ligas de aço, tornando-as mais resistentes ao calor e à corrosão.

A China é líder global na produção desses minerais, respondendo por aproximadamente 80% da produção mundial de tungstênio e bismuto. A decisão de Pequim reflete uma estratégia calculada de utilizar seu domínio no mercado de minerais críticos como alavanca nas tensões comerciais com Washington.

Analistas apontam que essa medida pode provocar aumentos nos preços desses metais fora da China, além de impactar cadeias de suprimento globais, especialmente nos setores de tecnologia e defesa. Empresas que dependem desses materiais podem enfrentar desafios significativos para garantir o fornecimento necessário à produção.

Além das restrições de exportação, o governo chinês anunciou tarifas adicionais de 10% a 15% sobre produtos norte-americanos, incluindo carvão, gás natural liquefeito, petróleo bruto, maquinário agrícola e veículos. Pequim também iniciou uma investigação antitruste contra o Google e adicionou duas empresas dos EUA à sua lista de entidades não confiáveis, intensificando ainda mais as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Essas ações sublinham a complexidade e a profundidade da disputa comercial em curso, ressaltando a interdependência das cadeias de suprimento globais e a importância estratégica dos minerais críticos na economia moderna.

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