As ruas de Goiânia estão repletas de buracos sem fim. A situação se agrava ainda mais com as chuvas. Os buracos, que variam em tamanhos e profundidades, espalham-se por diversos bairros, transformando as ruas em verdadeiros campos minados. Desviar dessas armadilhas exige atenção redobrada e manobras arriscadas.

A insatisfação da população é unânime: essas crateras danificam os veículos e causam acidentes. Em vários lugares, os moradores estão improvisando formas de sinalizar os buracos, utilizando concreto, pedras e até troncos de árvores para amenizar os danos.

Um exemplo do descaso dessa situação, é a jornalista Dayane Rodrigues, que em menos de duas semanas teve prejuízos com o carro, após cair em dois buracos, um próximo a UniGoiás e o outro na avenida abaixo do Buriti Shopping. 

“Nas duas vezes tive prejuízo, na primeira rasgou o pneu sendo necessário uma vulcanização. Na segunda, amassou a roda. Não dava para desviar porque tinha uma camionete e eu provocaria um acidente”, explica. 

No mês de janeiro, a Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), realizou o fechamento de 22.994 buracos em todas as áreas da cidade. Diante do aumento das demandas durante o período chuvoso, as equipes da Seinfra ampliaram suas ações na operação tapa-buracos, trabalhando em duas frentes: com 10 equipes respondendo às solicitações feitas pelo aplicativo Prefeitura 24h e pelo SAC da Seinfra em todas as regiões, além de intensificarem as atividades nos bairros que estão sendo atendidos pelos mutirões da Prefeitura.

Júlio César, proprietário de uma oficina mecânica na capital goiana, observa um aumento considerável na demanda por reparos em veículos danificados, especialmente em pneus, suspensões e rodas. Reparos simples, como o alinhamento, podem custar de R$ 50 a 80, mas problemas mais sérios podem elevar os gastos para até R$ 800.

“Problemas como o desalinhamento e a formação de bolhas nos pneus podem resultar em acidentes sérios”, orienta. Júlio recomenda redobrar a atenção, especialmente em dias de chuva, e realizar manutenções preventivas no automóvel. Apesar dos esforços da prefeitura para solucionar a questão, o desafio se mantém devido às condições climáticas, infraestrutura desgastada e aumento no volume de tráfego.

22 mil buracos foram tapados

No mês de janeiro, ocorreram quatro mutirões nas regiões Norte, Sul, Leste e Noroeste. A cada sábado, durante as semanas dedicadas aos mutirões, a Seinfra localizou as áreas com buracos nas vias e garantiu que fossem consertadas. Também foram atendidas solicitações que chegaram pelos canais da secretaria.

Na Região Noroeste, foram tapados 3.085 buracos nas principais ruas e avenidas dos bairros Finsocial, Sol Nascente, Morada do Sol, Nova Esperança, Jardim Curitiba, entre outros. Na Região Leste, foram tapados 2.329 buracos no Jardim Novo Mundo, Vila Morais, Vila Bandeirantes, Vila Romana, Vila Martins, Vila Maria Luiza, Condomínio Alphaville Araguaia e Jardim Califórnia.

Na Região Norte, a Seinfra tapou 4.828 buracos nas ruas e avenidas do Jardim Guanabara e Residencial Vale dos Sonhos. Na Região Sul, a Prefeitura de Goiânia tapou 9.198 buracos no Jardim Bela Vista, Jardim da Luz, Parque das Laranjeiras, Parque Santa Cruz, Jardim Bela Vista, Vila Santo Antônio, Conjunto Fabiana, Vila Redenção, Vila Legionárias, Parque Flamboyant, Parque Atheneu, Jardim Mariliza, Chácara do Governador, Jardim Vitória, Residencial Arco Verde, Residencial Ville de France e Brisas do Cerrado.

Além dos mutirões, a Seinfra executou operações de tapa-buracos em diversas áreas, como Bairro Capuava, Setor Bueno, Setor Sul, Vila São João, Setor Marista, Vila Concórdia, Setor Sol Nascente, Jardim América, totalizando 3.554 buracos tapados em janeiro.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) informa que está trabalhando para minimizar esses transtornos e que os locais afetados podem ser reportados através do aplicativo Goiânia 24 horas e pelo WhatsApp da secretaria.