Médicos do Ipasgo anunciam paralisação de 48 horas em Goiás
Caso as demandas não sejam atendidas, novas mobilizações poderão ser organizadas.
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A partir das 7h da manhã desta terça-feira (18), os médicos credenciados ao Ipasgo iniciaram uma paralisação de 48 horas. A medida, organizada pelo Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (SIMEGO), foi aprovada em assembleia geral extraordinária como forma de advertência.
Os profissionais protestam contra a falta de respostas às suas reivindicações, que incluem atrasos e irregularidades nos pagamentos desde agosto de 2023. Durante o período de paralisação, consultas e exames eletivos estarão suspensos em todo o estado, enquanto os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos, conforme estabelece a legislação.
Entre as principais demandas da categoria estão:
- Data fixa e unificação dos pagamentos.
- Reajuste do valor da consulta para R$ 130,00.
- Pagamento direto aos médicos, sem intermediação de hospitais.
- Revisão dos valores destinados a Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPMEs).
- Atualização da Tabela da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM).
- Identificação nominal dos auditores responsáveis pela liberação de guias.
- Cobranças de diferenças de honorários por instrumentação cirúrgica e acomodação hospitalar.
O SIMEGO alega que, além dos problemas financeiros, há também um descontentamento geral com as condições de trabalho e o suporte oferecido pelo Ipasgo.
Em nota oficial enviado a reportagem do O HOJE, o Ipasgo Saúde declararou que viu com estranheza e perplexidade a decisão unilateral do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) de realizar uma paralisação nos dias 18 e 19 de fevereiro de 2025 sob a alegação de que não houve atendimento às demandas da categoria. O plano de saúde, até então, não recebeu um documento oficial da entidade para tratar de pauta reivindicatória.
A paralisação, que se restringe a um grupo de médicos e odontólogos, representa cerca de 10% da rede credenciada do Ipasgo Saúde, a maior de Goiás, composta por quase cinco mil pessoas físicas e jurídicas. Portanto, 90% dos prestadores, como hospitais, clínicas e a rede própria da instituição, mantêm atendimentos regulares às quase 600 mil vidas que estão sob os cuidados do plano de saúde.
O Ipasgo Saúde desconhece qualquer falta de pagamento à rede credenciada. A instituição pode provar que, desde setembro de 2024, repassou aos prestadores quase R$ 1 bilhão. Só nos dias 31 de janeiro e 14 de fevereiro de 2025, os profissionais que atendem beneficiários do plano de saúde receberam R$ 18,2 milhões. Caso, de forma excepcional, algum prestador identifique pendências, essas devem ser formalmente comunicadas para que o Ipasgo Saúde possa apurar e adotar, com celeridade, as providências cabíveis.
A suspensão injustificada e unilateral dos atendimentos aos beneficiários fere diretamente as regras contratuais estabelecidas e pode resultar em sanções, incluindo a rescisão do contrato e o descredenciamento do prestador. Por isso, o Ipasgo Saúde está monitorando a situação de perto e tomará todas as medidas necessárias para assegurar o cumprimento das normas, para fazer com que os direitos dos beneficiários sejam respeitados, para garantir plena assistência e que a qualidade no atendimento seja mantida.
O Ipasgo Saúde tem compromisso inegociável com a excelência, a continuidade dos serviços prestados e com diálogos responsáveis, construtivos e legítimos. A transparência, a ética e o respeito aos nossos beneficiários são valores que norteiam nossas ações.
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