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terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
Corrida eleitoral

Mendanha deve optar por caminho mais difícil em 2026

Aliado afirma que o ex-prefeito de Aparecida trabalha por Senado ou vice de Daniel

Postado em 25 de fevereiro de 2025 por Francisco Costa
Gustavo Mendanha foto reprodução
Gustavo Mendanha foto reprodução

O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (MDB), ensaia um retorno aos cargos eletivos em 2026. A Câmara Federal, contudo, estaria descartada, conforme aliados. O emedebista quer voos mais altos. 

Com isso, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) também fica fora dos planos do ex-prefeito. “Ele diz que tudo pode acontecer, mas entendo que há um trabalho para o Senado ou vice [de Daniel].” 

No caso, na chapa do irmão político, o vice-governador Daniel Vilela (MDB), que disputa ao governo em 2026 como sucessor do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). O espaço é cobiçado pelos partidos da base.

Podemos, Republicanos, Progressistas (PP), PDT e outras legendas são aliados e querem ser contemplados na chapa de Daniel.  A primeira-dama Gracinha Caiado (União Brasil) já teria uma vaga como nome ao Senado. Isso reduz as fatias do bolo de Vilela para dividir.

Ele tem a vice, as suplências de Gracinha e mais uma vaga de senador completa. Como Gustavo é do MDB, dificulta a situação, pois as outras legendas querem espaço.

Assim como Caiado fez em 2022, Vilela deve permitir as múltiplas candidaturas ao Senado. Naquele ano, disputaram Delegado Waldir (União Brasil), Alexandre Baldy (PP) e Vilmar Rocha (PSD). O melhor colocado foi o nome do União Brasil, que ficou em terceiro – o vitorioso foi Wilder Morais (PL) e o segundo colocado o ex-governador Marconi Perillo (PSDB). 

A expectativa de palacianos, em 2026, é que os nomes da base consigam melhor desempenho. De fato, Gracinha tem apresentado favoritismo nas pesquisas.

O ex-prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, goza de prestígio e foi o principal cabo eleitoral da campanha de Leandro Vilela (MDB) à prefeitura do município, em 2024. Porém, precisa aparecer. Em política, tudo muda rápido.

Leia mais: Caiado lança pré-campanha para presidente com o desafio de conquistar a direita

Hoje, ele atua como empresário e corretor. Mas também como um auxiliar não remunerado na gestão de Leandro. Sobretudo, na pasta de Assistência Social. 

Já foi cotado para entrar no governo estadual, mas, até o momento, segue fora. Para 2026, falta um ano. Caso articule pela vice ou Senado, vai precisar mais que ser, apenas, “irmão político” de Daniel Vilela.

Vice cobiçada 

O professor e especialista em Direito Constitucional, Clodoaldo Moreira explica que, conforme a legislação eleitoral brasileira, especificamente a Lei nº 9.504/97, que estabelece as normas para as eleições, um candidato que assumir o cargo de governador por substituição em decorrência de renúncia, em 2026, não poderá concorrer à reeleição em 2030. Por isso a vice de Daniel é cobiçada.

“Isso se deve ao princípio da inelegibilidade disposto no art. 14, § 5º, da Constituição Federal, que determina que o vice-governador que assumir o cargo por sucessão não poderá ser reeleito para o mesmo cargo no período subsequente. Dessa forma, caso o governador Caiado venha a renunciar ao cargo e seu vice, Daniel, assuma a titularidade do Executivo Estadual, ele poderá concorrer apenas a uma eleição para o cargo de governador, não podendo se reeleger em 2030.”

Clodoaldo explica que essa regra visa evitar a perpetuação de um mesmo grupo político no poder. “Fortalecendo a alternância democrática e o revezamento dos grupos políticos no exercício do Poder Executivo”, arremata.

Precisa passar pelo Caiado

Outras fontes consultadas pelo O HOJE ainda revelam que Caiado também quer indicar o vice. A negociação das legendas e de Mendanha, então, passaria pelo governador. Conforme apurado, a ideia é que ele tenha alguém de confiança na posição de destaque. “Com Senado e vice, ele se mantém vivo no cenário político, mesmo se estiver sem cargo.”

 

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