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quinta-feira, 6 de março de 2025
Saúde

Casos de gripes em Goiás devem crescer 56% entre crianças e adolescentes após o Carnaval

Número de atendimentos no Hecad pode ultrapassar 4,6 mil em março e abril devido a doenças respiratórias

Postado em 6 de março de 2025 por Eduarda Leão
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| Foto: Hecad

Com a chegada do Carnaval, cresce a incidência de doenças respiratórias devido ao contato intenso com multidões, noites mal dormidas e variações climáticas. O compartilhamento de copos e objetos pessoais também amplia os riscos de contágio. Os sintomas mais comuns do resfriado pós-folia incluem: congestão nasal; coriza; tosse; dor de garganta; febre baixa; sensação de cansaço.

O Governo de Goiás lançou um alerta preocupante sobre o crescimento expressivo de doenças respiratórias em crianças e adolescentes, com um aumento superior a 50% nos casos atendidos pelo Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad). A tendência ascendente, observada desde a segunda quinzena de fevereiro, levanta preocupações sobre a capacidade de atendimento e a necessidade de prevenção para conter a propagação de vírus respiratórios.

O Hecad já percebeu um crescimento significativo na demanda, ultrapassando 3 mil atendimentos por mês. A expectativa é de que, nos meses mais críticos, como março e abril, o número de casos supere os 4,6 mil, representando um aumento de até 56%.

Mesmo que muitas crianças e adolescentes não participem diretamente das festividades de Carnaval, elas acabam expostas a vírus levados por familiares que frequentaram eventos e aglomerações. Isso tem impulsionado o crescimento de doenças como gripes, bronquiolites, pneumonias e infecções virais, como a influenza e o vírus sincicial respiratório (VSR). Além do aumento no número de casos, a gravidade das infecções também cresceu, exigindo mais internações e leitos especializados.

Para lidar com esse cenário desafiador, o Hecad reforçou a gestão de leitos de enfermaria e UTI, garantindo que crianças que precisem de suporte especializado recebam atendimento rápido e eficiente. A diretora técnica-assistencial do Hecad, Flávia Godoy, destacou que essa preparação é fundamental para garantir um atendimento de excelência. “Sabemos que esse é um período crítico e, por isso, temos trabalhado de forma proativa para oferecer suporte rápido e eficiente a cada criança atendida”, afirmou.

Além disso, de acordo com o boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), até 22 de fevereiro, foram registrados cerca de 13,5 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil. Desses, mais de 2,2 mil tiveram diagnóstico confirmado de COVID-19. O boletim também aponta que complicações respiratórias levaram a 1.194 óbitos, sendo 466 relacionados ao coronavírus, representando 80,9% das mortes causadas por vírus respiratórios.

Entre as principais recomendações para reduzir a incidência e a gravidade das doenças respiratórias, destacam-se:

Manter a vacinação em dia: especialmente contra gripe, COVID-19 e outras doenças respiratórias;

Higienização frequente das mãos: lavar com água e sabão ou usar álcool em gel;

Evitar aglomerações e locais fechados: principalmente em períodos de maior transmissão;

Hidratação e alimentação balanceada: para fortalecer o sistema imunológico.

Evitar mudanças bruscas de temperatura: proteger crianças do frio excessivo e de ambientes climatizados;

Observar sintomas precoces: tosse persistente, chiado no peito, febre alta ou dificuldade para respirar são sinais de alerta para procurar atendimento médico rapidamente.

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