Sefaz planeja investir R$ 1 bilhão por ano em obras de infraestrutura em Goiânia
Secretário da Fazenda afirma que buscam sanar problemas herdados da administração anterior

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria da Fazenda (Sefaz), trabalha com a meta de formar uma poupança para investir na cidade. O objetivo, segundo o titular da pasta, Valdivino de Oliveira, é economizar pelo menos R$ 1 bilhão anualmente para destinar a obras e melhorias na infraestrutura, garantindo um atendimento mais eficiente à população e impulsionando o desenvolvimento local.
Valdivino ressalta que 2025 será um ano atípico, pois a atual administração ainda trabalha para sanar problemas herdados da gestão anterior. Assim, a meta de economizar o valor pode não ser atingida imediatamente. “Entretanto, somados os recursos contratados com operações de crédito, nós podemos ultrapassar esse valor em investimento”, afirma.
A situação fiscal da capital também preocupa. A nota de capacidade de pagamento do município, avaliada pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), caiu de A para C. Isso significa que, sem a garantia do governo federal, a obtenção de empréstimos ocorre com juros mais altos.
“A administração passada gastou mais de 85% em suas despesas correntes (de custeio), chegando a 97%, o que levou à classificação de que o município não tem poupança corrente”, explica o secretário.
Uma das metas estabelecidas pela a administração municipal é limitar os gastos com despesas correntes de no máximo 85% da arrecadação, reservando pelo menos 15% para receitas de capital, incluindo pagamento de dívidas e investimentos.
“Estamos trabalhando para termos perspectiva de melhora para este ano, porque nós precisamos voltar a ter uma nota A ou B para termos condições de obter aporte de recursos caso precisemos recorrer ao mercado externo ou interno”, afirma.
O decreto de calamidade nas finanças municipais também foi abordado pelo secretário, que enfatiza não haver intenção de interromper licitações ou compras essenciais. Segundo ele, a prefeitura busca tornar-se superavitária e, para isso, criou um comitê de controle de gastos, evitando um novo déficit fiscal.
Sobre os contratos vigentes, Valdivino de Oliveira destaca que a prefeitura não pretende rescindi-los, mas sim reduzir despesas excessivas. “Se for necessário, faremos sem problemas. Mas a nossa intenção não é esta, é gastar o mínimo possível”. Segundo ele, com a otimização de recursos e priorização de projetos que beneficiem a comunidade, é possível buscar o reenquadramento do município na nota A ou B.